Capital

Para diretor do HR, queda de paciente foi acidental e causada por abstinência

Paula Maciulevicius | 21/08/2012 12:04
“Foi uma fatalidade mesmo, não é falta de segurança, eu creio num distúrbio”, explicou o diretor do HR, Ronaldo Queiroz.
“Foi uma fatalidade mesmo, não é falta de segurança, eu creio num distúrbio”, explicou o diretor do HR, Ronaldo Queiroz.

O caso do paciente Juraci da Silva Brandão, 48 anos, que caiu do Hospital Regional no último dia 15 está sendo considerado como queda acidental provocada por abstinência. O diretor do hospital Ronaldo Perches Queiroz disse hoje, durante entrega de reforma e ampliação do HR, que a altura que Juraci caiu foi de aproximadamente 2m.

“Ele queria ir embora e tudo indica, pela gravidade da própria doença, que estava em um estado avançado, que tenha sido abstinência que promoveu a situação”, reforçou.

O diretor ressaltou que foi aberta sindicância para apurar o caso e que ele mesmo estudou o prontuário.

“Foi uma queda acidental até para ele, apesar de ser 2m e calçada embaixo, terminava em uma escada”, explicou.

Segundo Ronaldo, o homem tinha doença no fígado crônica, histórico de alcoolismo e deu entrada com hemorragia digestiva e cirrose.

“Foi uma fatalidade mesmo, não é falta de segurança, eu creio num distúrbio. É o tipo de situação que não consegue prever”.

Por meio da assessoria de imprensa, o Hospital Regional já havia se pronunciado, sustentado que o paciente se jogou ao ir ao banheiro para tentar fugir, onde caiu e fraturou o punho.

Juraci, que estava lúcido, foi encaminhado à Santa Casa para receber tratamento ortopédico. Lá, o quadro do paciente acabou se agravando. Ronaldo reforçou ainda que a direção está no aguardo do resultado da necropsia que vai apontar a causa da morte do paciente.

Caso - Em entrevista ao Campo Grande News a irmã da vítima, Regina Maura da Silva Brandão, de 47 anos, contou que o irmão morava em Rio Negro e havia viajado para um torneio de sinuca em Corguinho. No mesmo dia à noite começou a passar mal e foi levado de ambulância para Rio Negro.

O caso foi considerado grave e o paciente foi encaminhado para o Hospital Regional, com diagnóstico de cirrose aguda. Conforme Regina, que acompanhou o irmão na ambulância, Juraci chegou bem no hospital e ficou no corredor com outros pacientes.

Barrada na recepção, Regina não pode acompanhar o irmão na unidade. "No outro dia minha mãe foi visitá-lo e ele estava conversando. Como era horário de visita voltei às 21h, porém fui informada que ele estava na emergência no térreo e a visita havia sido suspensa", relata.

Na manhã do dia 15, Regina diz que foi informada por uma assistente social do Hospital Regional que o tratamento não havia evoluído e por conta disso o irmão havia sido transferido para a Santa Casa.

Lá, segundo relatos, ela foi informada que por causa de uma queda de aproximadamente 5 metros no HR o paciente havia fraturado o punho. Como na unidade hospitalar não havia ortopedista, ele foi transferido para Santa Casa. Regina registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. O caso foi classificado como morte a esclarecer.

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