Capital

Para atrair investimento privado, Belas Artes pode virar centro de convenções

Anahi Zurutuza e Yarima Mecchi | 23/04/2017 08:38
Quase pronta, obra foi abandonada há quatro anos (Foto: André Bittar)
Quase pronta, obra foi abandonada há quatro anos (Foto: André Bittar)

Para despertar o interessa da iniciativa privada, a Prefeitura de Campo Grande estuda fazer modificações no projeto do Centro Municipal de Belas Artes e transformar o espaço em um centro de convenções. No local, além de peças de teatro, cinema, concertos e feiras literárias, também possam ser realizados congressos e eventos sociais.

Catiana Sabadin, que comanda a Central de Projetos Especiais do município, explica que a mudança de finalidade tornará o projeto mais atrativo para que uma empresa possa assumir a conclusão da obra e depois, em contrapartida, lucrar com a exploração do espaço. “Ainda estamos formulando uma maneira de fechar uma PPP [Parceria Público-Privada]”.

Não haverá mudança na obra. O projeto elaborado em 2007 e que começou a ser executado em 2008 para transformar a construção, iniciada 15 anos antes, do prédio que seria a rodoviário em Centro de Belas Artes continuará o mesmo, segundo Catiana.

Paredes do espaço viraram tela para pichadores (Foto: André Bittar)
Escadaria luxuosa foi projetada para o espaço cultural (Foto: Arquivo)

Inicialmente, a previsão de entrega do centro, sob promessa de aumentar o leque de opções culturais do campo-grandense, caso fosse concluído, era o segundo semestre de 2012. O Belas Artes previa ter espaço para exposições de arte, apresentações de teatro e música e uma sala de cinema, dentre outras atividades.

A obra foi orçada inicialmente em R$ 35 milhões. Do Ministério do Turismo, o prefeito da época, Nelson Trad Filho (PTB), conseguiu R$ 8,3 milhões – valor que foi repassado em duas parcelas, em 2008 e em 2010. Mas, a prefeitura estima que já foram gastos na obras cerca de R$ 10 milhões.

O projeto foi completamente abandonado há quatro anos, assim que assumiu o prefeito Alcides Bernal (PP), ainda de acordo com Catiana. Hoje, única obra de “arte” no local é a de pichadores.

No papel, centro vai oferecer espaço para atividades culturais e artísticas (Foto: Reprodução)
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