Capital

Pais são chamados para limpar escola de período integral na Capital

Amanda Bogo e Guilherme Henri | 12/05/2016 17:21
Bilhete enviado aos pais dos alunos sugere horários para que a limpeza seja feita (Foto: Direto das Ruas)
Bilhete enviado aos pais dos alunos sugere horários para que a limpeza seja feita (Foto: Direto das Ruas)

Pais de alunos que estudam na escola de período integral Professora Ana Lúcia Oliveira Batista, em Campo Grande, receberam bilhetes onde são convidados a colaborar com a limpeza do local, que está sem funcionários do setor devido a paralisação dos servidores municipais, que começou em março. No recado, enviado na terça-feira (10), há uma lista com horários previstos para que sejam limpas salas, refeitório e corredores. 

O taxista Gilson Varirino, 41, tem um filho de 5 anos que estuda na escola e afirmou ser um absurdo receber esse tipo de notificação. "Fico indignado com isso. Eu trabalho, não tenho como ir limpar o lugar. E se os outros pais estiverem na mesma situação, a escola vai ficar suja?", indagou. 

Para Adriana Alves de Albuquerque, 35, a falta de funcionários para realizar a limpeza do local é responsabilidade da prefeitura. "Quem tem que resolver isso é o prefeito, e não os pais. Os funcionários são pagos justamente para isso. Eles querem que a gente saia de dentro de casa para fazer o serviço deles", desabafou.

Uma funcionária, que não quis ser identificada, disse que a medida foi uma maneira encontrada pela escola para que as atividades não fossem comprometidas, e que vários pais reagiram positivamente. "É um meio de união entre a escola e os pais, e de mostrar que não vamos parar, vamos trabalhar". Sobre a insatisfação de alguns pais com a situação, ela questionou "eles preferem ficar na sujeira e até mesmo não ter aula do que ajudar?". 

A mulher ressaltou que a Semed (Secretaria Municipal de Educação) está ciente de que a escola busca a ajuda voluntária dos pais para a manutenção da limpeza.  A equipe do Campo Grande News entrou em contato com a secretaria para confirmar a informação e comentar o caso, mas até o fechamento desta matéria não recebeu nenhuma resposta.

Frente da escola Profªa Ana Lúcia de Oliveira Batista, no bairro Paulo Coelho Machado (Foto: Marcos Ermínio)
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