Capital

Pais de garoto atropelado no 1º dia de aula pedem apoio para o tratamento

Juliana Brum | 23/08/2015 10:53
João terá que ficar 60 dias engessado ( Foto - Silas Souza )
João terá que ficar 60 dias engessado ( Foto - Silas Souza )

João Pedro Falkenbak, 5 anos, foi atropelado na saída do primeiro dia de aulas na nova escola, quando voltava para casa. Agora, sem dinheiro, a família pede ajuda já que o motorista fugiu e negou apoio financeiro.

Ednéia Falkenbak conta que era o primeiro dia da família no bairro Jardim Campo Novo. Diz que quando chegou próximo da escola, viu o mais velho, de 9 anos, e o pequeno, de 5, prontos para atravessarem a rua. Quando o caçula viu Ednéia, corre em direção à mãe, não viu o carro e foi atingido por um Gol branco.

O motorista deixou o local, mas deixou o telefone para a mãe entrar em contato, caso precisasse de ajuda. João foi levado para a Santa Casa, onde ficou internado três dias.

Segundo a mulher, o médico comentou que acredita que o carro passou em cima da perna do menino, que fraturou os ossos. O tornozelo está em carne viva e um pedaço do dedo mínimo do pé foi arrancado.

A família não tem carro e está passando dificuldades, porque não tem cadeira de rodas para colocar João para ir ao médico ou mesmo dar uma volta. Os pais precisam carregá-lo o tempo todo no colo, já que ele está com um gesso na perna toda, até a coxa, para evitar qualquer tipo de movimentação.

Construtor civil, Adriano Pereira dos Santos, 40 anos, trabalhava em uma fazenda próxima à Capital, mas para ajudar a esposa com o filho precisou sair do trabalho e hoje faz alguns bicos para conseguir pagar o aluguel. O menino não pode ir ao médico, marcado para a semana passada, porque a família não teve como levá-lo.

"Estamos em uma situação difícil. O motorista foi no hospital no dia seguinte do acidente e se prontificou em nos ajudar. Deu R$ 100 e disse que não tem condição de ajudar com mais nada. O que queríamos é ajuda para levá-lo nos retornos médicos, porque não temos carros e o carregamos no colo no ônibus. Tem sido sacrificante para nós e para ele também", lamenta a mãe.

João terá que ficar 60 dias engessado e em observação até que a ferida cicatrize. Caso contrário, os médico já cogitaram a possibilidade de ter que operá-lo e colocar pino metálico na perna. Segundo a mãe, a equipe acredita que ele terá uma boa cicatrização por ser muito jovem.

"Não posso me movimentar e fico o dia todo vendo TV no colchão na varanda", conta o garoto.

A família pede ajuda com transporte até o CEM (Centro de Especialidades Médicas) para fazer o curativo, além de uma cadeira de rodas para facilitar a mobilidade de João.

"Fiquei comovida ao ouvir o pai contar o caso do atropelamento, do desemprego e o levar no colo no ônibus para irem ao retorno médico" conta a vizinha, Ana Alcaras, que procurou a redação do Campo Grande News.

Interessados em ajudar a família podem entrar em contato no telefone de uma vizinha do menino, Ana 67 - 9334-8460.

Ednéia conta o drama da família e pede ajuda ( Foto - Silas Souza)
João animado com a casa nova não esperava ter que ficar engessado e não poder correr no quintal ( Foto - Silas Souza)
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