Capital

Pai de advogada morta em acidente critica falta de júri popular a estudante

Primeira audiência do caso acontece nesta segunda-feira, no Fórum de Campo Grande, 1 anos e 9 meses após acidente

Clayton Neves e Liniker Ribeiro | 12/08/2019 15:12
João Pedro acompanha depoimentos na sala de audiências da 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande. (Foto: Liniker Ribeiro)
João Pedro acompanha depoimentos na sala de audiências da 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande. (Foto: Liniker Ribeiro)

Durante primeira audiência na Justiça, 1 ano e 9 meses após a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, o pai da vítima criticou o fato de o réu, o estudante de Medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, não ser levado a júri popular. “Esperávamos que fosse para júri popular e aparentemente isso não vai acontecer. É lastimável porque ao dirigir embriagado ele assumiu o risco de matar", desabafou o engenheiro Lázaro Barbosa Machado.

Enquanto aguardava para prestar depoimento, Lázaro falou da falta que a família sente da filha, morta aos 24 anos em acidente de trânsito na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, na madrugada do dia 2 de novembro de 2017. “O que resta é saudade e indignação”, disse. Segundo ele, a expectativa para a audiência é que as testemunhas falem a verdade. “Nada resistirá a isso”, afirmou.

Ao todo, 14 testemunhas de defesa foram intimadas para prestar depoimento na tarde desta segunda-feira (12) na 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande. A audiência começou por volta das 13h30 e João Pedro acompanhar as oitivas.

O engenheiro Lázaro Barbosa Machado, pai de Carolina, momentos antes de entrar para prestar depoimento. (Foto: Liniker Ribeiro)

A próxima audiência do caso será nesta terça-feira (12), quando devem ser ouvidos faltantes e testemunhas de acusação.

Abalada, a mãe da advogada não quis conversar com a imprensa e limitou-se a dizer que desde sexta-feira (9) aguardava ansiosa pela audiência. Ela será uma das testemunhas ouvidas hoje.

Acidente - O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado, por volta da meia noite e meia, do dia 2 de novembro de 2017. Carolina Albuquerque, de 24 anos, estava com o filho de 3 anos, quando o carro foi atingido pela caminhonete do estudante.

Baseado nas marcas de frenagem no chão, nos danos causados pela colisão nos dois veículos e outros vestígios encontrados na cena da morte de Carolina, a perícia determinou a velocidade que a caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro, em 115km/h.

O suspeito fugiu após o acidente e só se apresentou no dia 4 de novembro. Como já estava com mandado de prisão decretado, João foi detido e transferido para uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 50,5 mil, e colocar tornozeleira eletrônica.

Nos siga no