Capital

Pacientes pedem volta de ambulantes no entorno da Santa Casa

Dos 13 vendedores, apenas um continua no local

Juliana Brum | 03/08/2015 19:44
Ambulantes com medo de ameaças de multas altas não abrem suas bancas ( foto - Fernando Antunes)
Ambulantes com medo de ameaças de multas altas não abrem suas bancas ( foto - Fernando Antunes)

Vendedores ambulantes que receberam ordem para deixar o entorno da Santa Casa pedem auxilio de vereadores para permanecer no local.  Hoje (3) venceu o prazo dado pelas autoridades para que eles deixem o local. 

Segundo o vendedor de caldo de cana, Henrique Pereira Coutinho, são aproximadamente 13 ambulantes que ficam na região, mas somente ele permaneceu aberto e aguardará uma posição trabalhando.

"Procuramos o vereador Carlão e irei continuar a vender o meu caldo de cana,sim. Não recebemos nada por escrito, por isto, permanecerei" afirmou Coutinho.

Francisco Matos é o primeiro ambulante da Capital e afirmou estar indignado com tal proibição, e diz ter visto pela imprensa que foi ordem da Santa Casa. Ele ainda completou que o motivo seria para que o Hospital arrumasse a calçada, por esta razão teria solicitado a retirada deles.

Henrique Pereira é o único que continua aberto até segunda ordem afirmou ( Foto - Fernando Antunes)

"Está no jornal de hoje que a ordem veio da Santa Casa. Vivo disto há quase 30 anos só neste ponto" explicou seo Chiquinho, como é conhecido na região.

Na Ruy Barbosa não se vê nenhum ambulante, apenas o carro de Mohamed Jarbor, que afirmou estar aguardando um cliente, mas contou que tentou mudar para outro local próximo , porém o sol é demais e não poderá ficar ali. Também disse que não é contra a lei, mas não entende a proibição vinda de um homem, dando a entender que fosse do prefeito ou secretário de Meio Ambiente, relatou.

Mohamed reclama que receberam ameaças de multas altas no valor de 6 mil reais, caso permaneçam.

Segundo o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), ele esteve com os ambulantes e irá se reunir agora no final do dia com o secretário de Governo Paulo Matos, para pedir que seja dado um prazo maior para os ambulantes até resolverem esta questão.

"Eu mesmo conversei com o presidente da Santa Casa, Wilson Levi Teslenco, que afirmou que o pedido não veio deles e que desconhece quem tenha dado tal ordem", contou o vereador que luta por um acordo a favor dos trabalhadores.

A atendente que faz tratamento na Santa casa, e vem regularmente de Coxim, disse que ficou surpresa hoje ao chegar e não encontrar os ambulantes.

"Nós chegamos na madrugada e o único ponto que existe aberto são as bancas como a da Dona Maria, onde tomamos nosso café e aguardamos até o incio de nossos tratamentos. E agora como vai ser com a gente que vem de fora?" questionou a paciente inconformada.

Maria Auxiliadora Diniz veio de Coxim e protestou sobre a retirada dos ambulantes ( foto - Fernando Antunes)
Pacientes que esperam ônibus para voltar para o interior reclamam da ausência dos ambulantes na região (Foto - Fernando Antunes)
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