“Ouvi o tiro e vi que era minha filha”, diz mãe de menina morta por colega
Família não consegue voltar para casa depois de tragédia
“Ouvi o tiro, corri para fora de casa e vi que era a minha filha”. A sequencia trágica é contada aos prantos por Edileide Alvicio Benites, 29 anos, mãe da adolescente Ana Carolina Alvicio dos Santos, morta com um tiro na cabeça por um colega de 15 anos.
O crime aconteceu na noite de terça-feira. Desde então, a família não consegue voltar para a casa, no bairro Zé Pereira, em Campo Grande. O exílio na casa de familiares é uma tentativa de fugir da dor.
“São muitas lembranças”, conta a mãe. Edilene tem um filho ainda criança, que também pede para não voltar. “Ele fala que sabe que o vizinho matou a Ana Carolina”, relata.
Com a foto da neta nas mãos, Edileuza Faria da Silva, se mostra revoltada com o fácil acesso à arma de fogo. “Não entendo porque o vizinho dela tinha uma arma em casa. O perigo estava ao lado e gente não sabia”, afirma. A família prestou depoimento hoje na Deaij (Delegacia de Atendimento à Infância e à Juventude).
Ana Carolina, de 12 anos, foi morta por um colega. Ele disse que tirou as balas do revólver calibre 38 e ia apenas dar um susto nas amigas. O revólver pertence ao pai do rapaz.