Capital

Operários se arriscam em via ao tapar buraco sem sinalização e proteção

Alan Diógenes | 09/12/2015 17:48
Carros que passavam pelo local precisavam desviar dos trabalhadores. (Foto: Gerson Walber)
Carros que passavam pelo local precisavam desviar dos trabalhadores. (Foto: Gerson Walber)
Trabalhadores tinham que parar serviço assim que um carro passava. (Foto: Gerson Walber)

Uma equipe da operação tapa-buracos estava realizando o serviço na Rua Joaquim Murtinho, na manhã desta quarta-feira (8) sem nenhum tipo de segurança ou cones para que os condutores desviassem do trecho em obra. O fato gerou uma confusão no trânsito e os trabalhadores precisavam deixar a via quando um veículo precisava passar.

Eram três homens com uma máquina cortando o asfalto para posteriormente colocar a lama asfáltica. Quem passava pelo local tinha que reduzir a velocidade para não atingir os trabalhadores, além de trafegar em cima das lascas de asfalto que ficam espalhadas pela rua, o que poderia causar um incidente como furar um pneu.

Geralmente o serviço é feito com cautela inclusive com a sinalização adequada para orientar os condutores. A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), que interdita as faixas onde está sendo feito o tapa-buracos, também não estava presente.

Os buracos começaram a ser tapados após a publicação da matéria do Campo Grande News, publicada ontem (8), que falava dos buracos recém-tapados e que já estavam abertos por causa da água da chuva neste local.

A Prefeitura Municipal informou, na tarde desta quarta-feira, que vai verificar qual empresa fazia o serviço para verificar o motivo de não haver os cones para os funcionários trabalharem. O secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Amilton Cândido de Oliveira, também foi procurado para dar um posicionamento sobre o fato, mas estava em reunião.

A operação foi reiniciado há menos de dois meses e pode ser interrompida . As sete empresas responsáveis pelo serviço não recebem desde o mês de maio. A dívida da Prefeitura chega a R$ 12 milhões e até agora não foram pagas nem as faturas referentes aos meses de outubro e novembro.

Em reunião com os empresários ainda nesta semana Bernal prometeu consultar o setor de financeiro e jurídico para avaliar a possibilidade de remanejamento de algum recurso carimbado (do PAC, da iluminação pública) para pagar pelo menos parte da dívida com as empresas do tapa-buraco. A prefeitura não teria recursos da sua receita própria para fazer qualquer pagamento.

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