Operários em greve se unem ao MST e ocupam Centro para protestar
Cerca de duas mil pessoas, nos cálculos dos organizadores, ocuparam o Centro de Campo Grande para protestar. Ao passar pela praça do Rádio Clube, a marcha dos movimentos sociais, que percorreu 50 km entre Anhanduí e a Capital, ganhou o reforço da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Em greve há três dias, os empregados na construção civil realizavam ato de protesto no local.
“Nós juntamos com os indígenas para engrossar o protesto. A questão indígena não está resolvida, mas o ministro veio aqui e tem um planejamento. O MST quer sentar com o ministro do Desenvolvimento Agrário e o presidente do Incra”, afirma o coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-terra), José Batista.
O grupo fez rápida passeata pela avenida Afonso Pena, suficiente para confusão no trânsito. A marcha do MST e dos indígenas saiu da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Na praça do Rádio e com reforço da CUT, o grupo passou pela 14 de Julho, Cândido Mariano, 13 de Maio, Barão do Rio Branco até retornar à praça.
O trânsito foi controlado pela PM (Polícia Militar) e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). O evento na praça deve virar palanque político. De acordo com José Batista, o deputado federal Dionísio Marcon (PT/RS) vai discursar, além, dos deputados estaduais Pedro Kemp e Laerte Tetila, além do vereador Zeca do PT.
Também nesta sexta-feira, os fazendeiros realizam protesto. Contudo, a manifestação será do outro lado da cidade, nos altos da avenida Afonso Pena. As rotas dos protestos foram planejadas atendendo ao desejo dos dois grupos de não se encontrarem.