Capital

Operador de máquinas foi morto por chantagear filha da namorada

Para a polícia, o assassino afirmou ter planejado o crime após descobrir que a namorada era coagida a manter relações sexuais com a vítima

Geisy Garnes | 24/10/2018 17:29
Rodrigo de Aquino Lopes e Stephanie Ferreira de Oliveira, foram identificados como os assassinos do operação de máquinas (Foto: Divulgação)
Rodrigo de Aquino Lopes e Stephanie Ferreira de Oliveira, foram identificados como os assassinos do operação de máquinas (Foto: Divulgação)

Foram identificados os assassinos de Claudinei Seixas, morto com quatro tiros no noite do dia 17 de outubro, no bairro Coronel Antonino em Campo Grande. Para a polícia, o responsável pelos disparos contou que planejou o crime com ajuda da namorada após descobrir que ela era chantageada e obrigada a manter relação sexual com a vítima.

Segundo as investigações da 1ª Delegacia de Polícia Civil, o crime foi planejado por Rodrigo de Aquino Lopes, de 23 anos e pela namorada dele, Stephanie Ferreira de Oliveira, de 20 anos, que é filha da namorada do operador de máquinas.

De acordo com a delegado Priscilla Anuda Quarti Vieira, a jovem contou que o “padrasto” teve acesso a fotos íntimas suas e começou a ameaçar mostrar as imagens para a mãe dela caso não mantivesse relação sexual com ele. Em depoimento, ela alegou que Claudinei afirmava que, com as fotos, contaria para a namorada que a filha se insinuava para ele.

Os dois teriam saído juntos algumas vezes, todos por conta das chantagens, até Rodrigo, o atual namorado de Stephanie, descobrir a situação. Os dois então planejaram o crime e a jovem marcou um novo encontrou com a vítima, no ponto de ônibus do cruzamento das Avenida Coronel Antonino com a Presidente Castelo Branco.

No dia do homicídio, Rodrigo se aproximou de Claudinei a pé, pela rua Castelo Branco, armado com um revólver calibre 32. A vítima chegou a perceber a aproximação do suspeito, e tentou correr, mas foi atingido por quatro tiros e morreu no local.

Investigação - Foram por imagens de câmera de segurança da região que a equipes de investigação conseguiram chegar aos nomes de Rodrigo e Stephanie. “Pelas imagens da Avenida Coronel Antonino percebemos um carro passar várias vezes em frente ao local que a vítima estava e pelos vídeos da Castelo Branco o suspeito caminhando em direção a vítima e depois do crime voltar correndo”, detalhou a delegada.

O carro que aparecia nas imagens era um Volkswagen Parati prata. Pela placa, os policiais chegaram aos donos e descobriram que o veículo havia sido vendido recentemente para Rodrigo. “Depois do crime ele deixou o carro escondido na casa em que morava e foi de Uber para a casa da namorada”, contou Priscilla.

O veículo permaneceu escondido durante todo o período de flagrante e só depois voltou a ser usado pela casal. Já a arma foi entregue por Rodrigo a um amigo, que acabou preso nesta terça-feira (23) por posse irregular de arma de fogo. Para a polícia, o rapaz de 21 anos afirmou que não sabia do crime e só guardou o revólver a pedido do suspeito.

Rodrigo relatou ainda que a arma pertencia a seu irmão, hoje interno da Unei (Unidade Educacional de Internação). As investigações do caso continuam.

Arma usada no crime (Foto: Polícia Civil)
Carro usado no crime foi visto rondando a vítima várias vezes (Foto: Polícia Civil)
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