Capital

Operação Câmara Secreta apreende documentos em empresas na Capital

Ítalo Milhomem | 29/04/2011 18:19
O ex-presidente da Câmara de Dourados, Sidlei Alves foi preso nesta manhã suspeito de participar de uma quadrilha que fraudava empréstimos consignados de servidores fantasmas da Câmara de Vereadores(Foto: Dourados Agora)
O ex-presidente da Câmara de Dourados, Sidlei Alves foi preso nesta manhã suspeito de participar de uma quadrilha que fraudava empréstimos consignados de servidores fantasmas da Câmara de Vereadores(Foto: Dourados Agora)

A operação Câmara Secreta deflagrada pelo o Gaeco ((Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para coibir fraudes em empréstimos consignados na Câmara de Dourados apreendeu documentos e em duas empresa de sistemas de informática na região central de Campo Grande.

A polícia cumpriu os mandados de busca e apreensão na Quality Sistemas, na rua 13 de junho, 59, na região central de Campo Grande. A empresa de propriedade Dênis da Maia, presta serviços de manutenção de informática em várias prefeituras do Estado.

Outra empresa visitada pelos policiais foi a Estaf Sistemas, localizada na avenida Afonso Pena, 2386,no Edíficio Dolor de Andrade. A reportagem tentou falar com o dono da empresa, Rodrigo Teles, mas ele está viajando o gerente da empresa não estava na empresa.

A Polícia não informou quais documentos ou os motivos que levaram a apreensão dos documentos nestas empresas.

Hoje cedo, os ex-vereaodres Sidley Alves e Humberto Teixeira Júnior foram presos por comandarem o suposto esquema que envolvia funcionários fantasmas da Câmara Municipal.

No fim da manhã, o ex-prefeito e ex-deputado Humberto Teixeira também foi detido, mas por ter armas em fazenda que também foi alvo de busca e apreensão.

Fraude - As pessoas eram nomeadas pelo vereador Sidlei Alves para atuar como servidores públicos. O objetivo era que elas realizassem consignados, cujo dinheiro iria para a organização criminosa, supostamente chefiada por Humberto Teixeira Júnior.

Segundo a denúncia, um funcionário da Câmara Municipal era o responsável pela falsificação de holerites dos novos servidores. Em tese, se a pessoa tivesse um salário de R$ 1.080, a Câmara atestava salário de pelo menos R$ 5 mil. O objetivo era de conseguir empréstimos maiores, que poderiam chegar a R$ 35 mil.

Em troca, os contratados recebiam a garantia de não pagar pelo empréstimo, além de um cargo na Câmara. A presença deles não precisaria ser comprovada. Por mês, estes servidores recebiam em média mil reais. Rodrigo Terra é apontado como articulador destas contratações e consignados.

Delatado – O esquema foi implodido após denúncia de um ex-funcionário do vereador Humberto Teixeira Júnior. Na gravação, o ex-vereador afirma que se beneficiou do consignado e que o funcionário só foi admitido pela Câmara para obtenção do empréstimo.

Em um trecho do diálogo, Teixeira cita o envolvimento de toda a Mesa Diretora. “Todos os vereadores têm, uns mais outros menos, mas todos têm”, afirma na gravação.

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