Capital

Ônibus foram interceptados com cerca de 200 bolivianos que alegam “compras”

Policiais rodoviários federais não localizaram quantia em dinheiro que indique motivação alegada pelo grupo

Liniker Ribeiro e Mirian Machado | 16/11/2020 16:20
Motoristas e boliviana em parada onde ônibus foram interceptados (Foto: Paulo Francis)
Motoristas e boliviana em parada onde ônibus foram interceptados (Foto: Paulo Francis)

Cerca de 200 bolivianos serão encaminhados à Polícia Federal após a interceptação de seis ônibus de viagem, na tarde desta segunda-feira (16). Os veículos foram abordados durante fiscalização da PRF (Polícia Rodoviária Federal) sob suspeita de transporte irregular do país vizinho para o Brasil, via Mato Grosso do Sul.

“A princípio, a irregularidade é porque não está podendo entrar estrangeiro, resolução de decreto não permite”, afirmou o inspetor Tércio Bággio.

Passageira e guia de um dos ônibus, Karen Bazer, de 35 anos, afirmou ao Campo Grande News e aos policiais que o intuito da viagem era chegar até São Paulo (SP) onde o grupo faria compras de produtos a serem revendidos tanto em Corumbá, a 419 quilômetros da Capital, como na Bolívia.

Tércio Baggio, inspetor da PRF (Foto: Paulo Francis)

Porém, segundo a PRF, o dinheiro encontrado com os viajantes não seria compatível com o valor que, normalmente, grupos de comerciantes levam em viagens do modelo como o justificado pela guia.

Para atuar como guia, a mulher revelou ainda receber R$ 500 a cada viagem. Quando solicitada sua documentação, Karen afirmou não estar com nenhum documento. A situação chamou atenção dos policiais.

Pela dinâmica da interceptação, a suspeita da polícia é de que o grupo estava em indo a São Paulo a trabalho. As reais intenções da viagem serão investigadas pela Polícia Federal, que deve emitir notificação para que todos deixem o país.  

Marmitas foram disponibilizadas aos bolivianos. 

Empresa – Outra situação que será apurada envolve a contratação da empresa de transporte que alugou os ônibus ao grupo. Conforme a PRF, será analisado a forma como os veículos foram alugados e, se ficar constatado irregularidade no transporte e, principalmente, que a empresa sabia das intenções do grupo, poderá ser multada pela ANTT.

Funcionário da empresa Andorinha esteve no local da interceptação, porém não conversou com a imprensa. Número de telefone foi repassado por ele, mas não foi possível contato com a empresa por ele, nem mesmo por telefones disponibilizados na página da empresa. 

Sem documentos, boliviana se apresentou como Karen Bazer, de 35 anos (Foto: Paulo Francis)
Marmitas foram entregues a bolivianos (Foto: Paulo Francis)


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