Capital

Onda de furtos vira tormento para moradores em área rural de Campo Grande

Moradores irão encaminhar ofício à Sejusp pedindo reforço em policiamento na região

Dayene Paz, Cleber Gellio e Mariely Barros | 13/05/2022 11:57


Morar na área rural e ter uma vida serena, de tranquilidade, era o sonho de um idoso de 77 anos e a família, que foi concretizado há um ano. No entanto, a vida de sossego virou um verdadeiro pesadelo por causa da onda de furtos nas últimas semanas. Na área de chácaras, que fica próxima ao rodoanel entre a saída de São Paulo e Sidrolândia, no Bairro Moradia do Sol, em Campo Grande, a insegurança toma conta.

"Morava na cidade e depois que me aposentei, queria ter sossego, mas de três meses para cá, virou um caos", lamentou o idoso. Ele conversou com a reportagem do Campo Grande News na manhã desta sexta-feira (13), mas preferiu não ter o nome divulgado por medo. 

O idoso conta que mora com a esposa e nas proximidades, em outras duas casas, o filho e os sogros do filho. Segundo o relato, os furtos começaram após uma fábrica de refrigerante ser desativada. "Esses dias entraram na casa dos sogros do meu filho, levaram botijão e tentaram levar uma máquina de lavar. A sensação de insegurança é muita, são constantes relatos de vizinhos que tiveram suas casas furtadas", afirma. 

Bandidos entram por telhado de fábrica desativada para furtar. (Foto: Marcos Maluf)
Bandidos entram por telhado de fábrica desativada para furtar. (Foto: Marcos Maluf)

Imagens obtidas pela reportagem mostram a ousadia dos bandidos, que além de entrar nas residências, também acessam a fábrica desativada para furtar. Sem medo, eles saem em plena luz do dia carregando fios. "Está insustentável viver aqui", relata o zelador de uma das chácaras, Donizete Mota Guedes, de 60 anos. 

Cerca que foi destruída por bandido em tentativa de entrar em chácara. (Foto: Marcos Maluf)

Donizete também mora na região com esposa e a sogra idosa há cerca de dois anos. Ele revela que há dois meses cortaram a cerca da propriedade. "Em três pontos diferentes, mas acho que meus dois cachorros espantaram o autor. Ele não conseguiu furtar". Donizete teme pela família e procura deixar os holofotes acesos, para que o local fique bem iluminado, o que acaba inibindo a ação dos criminosos, que procuram locais ermos.

A mesma sensação de insegurança é vivida pelo fazendeiro Alisson Almeida, morador na região há nove anos. Ele contou que o local sempre foi tranquilo, mas depois da desativação da fábrica, os ladrões começaram a invadir para furtar a fiação e o resto dos objetos que ficaram nos barracões da empresa. "Depois, começaram os furtos nas residências. Levam qualquer coisa de valor."

Alisson comenta que trabalha em sua fazenda, onde possui cachorros e câmeras de segurança. "Acho que isso inibiu, porque aqui nunca entraram, mas já entraram em todas as fazendas vizinhas."

Os moradores já fizeram ofício e encaminharão para a Sejusp (Segurança de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) pedindo medidas preventivas e policiamento na região. "A gente chama a polícia e eles chegam duas horas depois. Nisso, os bandidos já foram embora com os produtos", lamenta.

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