Capital

Olarte quer “vender” dívida do IPTU para pagar reajuste de professores

Michel Faustino | 13/10/2014 17:51
Olarte diz que operação financeira garantirá recursos para o município. (Foto: Marcos Ermínio)
Olarte diz que operação financeira garantirá recursos para o município. (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito Gilmar Olarte (PP) declarou, na tarde de hoje (13), que uma das alternativas encontradas para solucionar o impasse sobre o reajuste salarial dos professores está a “venda” de parte das dividas a receber pelo município do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

Conforme Olarte, o secretário adjunto da Seplanfic (Secretaria de Planejamento e Finanças), Ivan Jorge Cordeiro de Souza, esteve em São Paulo (SP) na sexta-feira (10) buscando alternativas junto a instituições financeiras para que o município pudesse garantir recursos e arcar com as despesas referente ao reajuste da categoria. Dentre as tratativas, uma das instituições procuradas sinalizou positivamente quanto a aquisição dos direitos a receber do IPTU.

Segundo o adjunto da Seplanfic, as negociações estão sendo mantidas em sigilo e a instituição que se mostrou interessada já está fazendo a analise da composição da divida. Segundo ele, a analise e a possível aprovação da proposta serão feitas em tempo hábil para solucionar, em parte, a situação financeira do município. O adjunto não informou os valores que a operação injetaria na economia do município.

Já o prefeito Gilmar Olarte sinalizou que havendo aporte de recursos, ainda neste mês, ou em novembro, o reajuste de 8,46% previsto em lei para a categoria será pago “integralmente”. Caso isso não acorra, Olarte diz que irá manter a proposta de fazer o pagamento escalonado, em duas parcelas.

De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.

O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,6 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.

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