Capital

Oficial que matou marido será ouvida pela justiça pela primeira vez em novembro

Segunda audiência sobre o caso acontecerá no dia 21 do próximo mês e além de Itamara, outras cinco pessoas devem prestar depoimento

Geisy Garnes e Guilherme Henri | 20/10/2017 16:29
No dia 9 de outubro Itamara prestou depoimento na Corregedoria da Polícia Militar (Foto: André Bittar)
No dia 9 de outubro Itamara prestou depoimento na Corregedoria da Polícia Militar (Foto: André Bittar)

A tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira prestará o primeiro depoimento à justiça no dia 21 de novembro, quando acontecerá a segunda audiência sobre a morte de Valdeni Lopes Nogueira, 45 anos, major da PM (Polícia Militar) morto pela oficial em julho de 2016. No dia 3 de outubro, a ré foi dispensada da primeira audiência a pedido da defesa.

Alegando grande exposição, por conta da cobertura da mídia, o advogado de Itamara, José Roberto Rodrigues da Rosa, pediu ao juiz da 2º Vara do Tribunal do Júri que a cliente fosse dispensada da primeira audiência sobre o caso. Por conta disso, a tenente-coronel não compareceu ao fórum no dia 3 de outubro, quando cinco testemunhas foram ouvidas.

A data para a segunda audiência foi marcada e agora, tanto a oficial como outras cinco testemunhas de defesa devem se apresentar ao juiz Aluízio Pereira dos Santos às 13h30 do dia 21 de novembro. Dois policiais militares e dois bombeiros militares estão entre os intimados.

Um dos militares do Corpo de Bombeiro será ouvido por carta precatória em Ponta Porã - a 318 quilômetros de Campo Grande.

Primeira audiência aconteceu no dia 3 de outubro (Foto: Bruna Kaspari)

Primeira audiência - Em depoimento, o tenente-coronel, Mário ngelo Ajala alegou que Itamara estava muito abalada depois do crime e que após o marido ser socorrido dizia a todo momento que iria se matar. “Ela estava o tempo todo com o dedo no gatilho”, relatou.

Ajala ainda afirmou que só com súplicas a tenente entregou a arma. “Eu me ajoelhei, pedi pelo amor de Deus. Disse ‘vou me levantar’. Só aí que ela me entregou a arma”, narrou ao juiz na data. O tenente-coronel ainda lembrou da preocupação da colega com o estado de saúde do marido.

A natureza, supostamente violenta, da vítima também foi salientada pela testemunha. O tenente-coronel contou que ele agia como solteiro e era muito nervoso. “Era um cara meio nervoso quando contrariado".

O caso - Na tarde de 12 de julho, o casal estava discutindo em casa, no bairro Santo Antônio, e por volta das 16h30 a mulher efetuou disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara se trancou na residência e se negou a entregar a arma, mas confessou o crime.

A oficial afirmou à Justiça que foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos, e desta vez, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.

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