Capital

Obras de manutenção em viadutos não têm projeto ou data para começar

Secretário de obras da Prefeitura, Rudi Fioresi afirma que equipes estão mobilizadas “nos estragos da chuva” e ações nos viadutos começam depois das chuvas

Izabela Sanchez | 14/02/2019 07:58
Viaduto da Rua Trindade com a Avenida Costa e Silva, com pilar rachado (Foto: Kisie Ainoã
Viaduto da Rua Trindade com a Avenida Costa e Silva, com pilar rachado (Foto: Kisie Ainoã

Falhas na estrutura e desgaste, considerados por especialistas como riscos, foram apontados em diversos viadutos de Campo Grande. A Prefeitura, então, vistoriou, durante a semana, duas estruturas, o viaduto que encobre o cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Ceará e o viaduto entre a Rua Trindade e a Avenida Costa e Silva, próximo à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). As obras de reparo e manutenção, ainda assim, não têm data para começar.

É o que afirmou o secretário da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) Rudi Fioresi. “Há somente a necessidade de manutenção em alguns pontos, mas nada que coloque em risco a estrutura do viaduto, é uma questão estética e de proteção de aterro. Nós vamos começar em breve, estamos concentrados no transtorno da chuva, nos próximos dias devemos começar”, disse.

Nesta quinta-feira (14), equipes da Sisep realizam limpeza nas vias destruídas pela chuva no bairro Jardim Paradiso e na Vila Popular. Segundo o secretário, o objetivo, com a limpeza, é visualizar quais obras serão necessárias. No Jardim Paradiso, o asfalto descolou por completo com a força da água que atingiu a cidade na quarta-feira (13).

Viadutos – No viaduto próximo a UFMS há rachaduras na base, buracos na alça superior e na armação de ferro visível. A passarela recebeu uma “visita” do secretário-adjunto da Sisep na terça-feira (12). Para ele, é necessária a instalação de equipamentos que irão monitorar se há alguma movimentação na estrutura do viaduto.

Prefeito Marquinhos Trad (PSD), durante visita ao viaduto da Ceará (Foto: Marina Pacheco)

Para o engenheiro e projetista de pontes José Francisco de Lima, os problemas aumentam ainda mais os riscos de acidentes. “A estrutura está arrebentando e precisa recuperá-la o mais rápido possível. Aqui nós conseguimos ver que os pilares estão se rompendo e isso é muito grave”, alertou, ao visitar o local com a reportagem.

O prefeito Marquinhos Trad (PSD), o secretário e secretário-adjunto visitaram o viaduto da Ceará na terça-feira, mas afirmaram que não há nenhum problema que comprometa a estrutura. No local, prefeito e secretários caminharam sobre o viaduto e comentaram sobre os pontos destacados pelo arquiteto e urbanista Elvio Garabini em visita anterior ao viaduto.

O arquiteto citou um buraco com cerca de quase 1 metro de diâmetro embaixo da estrutura. Além disso, a terra que deveria cobrir o espaço é levada a cada chuva e se esparrama pela calçada, prejudicando até mesmo quem passa a pé pelo local. De perto, é possível ver a terra da espessura fofa.

Ariel Serra comentou que o buraco não compromete a estrutura, mas que a Secretaria vai realizar intervenções nesse ponto. Sobre a terra, ele também afirma não ser prejudicial, mas será trocada por terra nova.

Outro problema identificado pelo especialista foram rachaduras dos pilares de sustentação. Para o prefeito, as falhas são “fissuras”. “Existe uma diferença entre rachadura e fissura e ali só tem fissura e não compromete a estrutura”, disse.

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