Obra na rotatória da Gury Marques sairá do papel, mas sem viaduto

No lugar do sonho do viaduto, a realidade semafórica. É o que se pode dizer sobre o reordenamento do trânsito no cruzamento das avenidas Gury Marques e Interlagos, na saída para São Paulo. Enfim, o projeto sairá no papel, mas não com viaduto, como se previa desde 2010.

O prefeito Marquinhos Trad disse que o projeto do viaduto exigiria investimento de R$ 32 milhões e recebeu um sonoro não como resposta ao pedido de recursos do Governo Federal.

Por conta disso, afirmou Marquinhos, embora a construção do viaduto seja uma de suas promessas de campanha, a alternativa adotada por ele será fazer no local uma obra semelhante a que está sendo executada no cruzamento da Via Parque e Avenida Mato Grosso com redução da área da rotatória e implantação de semáforos por R$ 2,5 milhões.

“Vamos acabar com o congestionamento naquele cruzamento, mas se você me perguntar: Marquinhos, é com viaduto? Eu vou te responder com outras perguntas: Você sabe quanto custa fazer um viaduto? Custa R$ 32 milhões. E sabe qual foi a resposta que recebemos do Governo Federal? Nem pensar”, declarou o prefeito.

Segundo Marquinhos Trad, a obra que será executada na rotatória da Coca Cola vai reduzir em 60% o tempo de espera nos dois sentidos da Gury Marques e da Interlagos.

“Diante da resposta do Governo Federal restaram duas opções: deixar como está ou reduzir em 60% o tempo de estresse do motorista pagando R$ 2,5 milhões. É o que estamos correndo atrás com a ajuda da Caixa Econômica Federal”, afirmou Marquinhos.

Segundo a Secretaria Municipal de Obras, em nota enviada ao Campo Grande News, via assessoria de imprensa, o projeto de readequação viária da rotatória ainda não está pronto.

“Primeiramente deve ser finalizada a obra na rotatória da Via Parque com a Mato Grosso, e somente depois será adotado um projeto similar na Coca-Cola, com semaforização e readequação de vias. Depois disso, será orçado o projeto e aberta licitação da obra para execução”, diz a nota.

Histórico – Em 23 de setembro de 2016, ainda na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), a Prefeitura de Campo Grande anunciou no Diogrande (Diário Oficial) a obtenção da licença prévia para a construção do aguardado viaduto, emitida pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para a Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) executar a obra.

No ano anterior, em janeiro de 2015, a prefeitura contratou a empresa FCK Engenharia e Consultoria Ltda para a elaboração de um estudo e a viabilidade técnica de construção do viaduto. Inicialmente, a obra foi orçada em R$ 31 milhões com previsão de execução em 18 meses.