Capital

Número de atendimentos diários praticamente dobra na Casa da Mulher Brasileira

Renan Nucci | 24/04/2015 11:24
A primeira Casa da Mulher Brasileira foi inaugurada em fevereiro deste ano. (Foto: Marcelo Calazans)
A primeira Casa da Mulher Brasileira foi inaugurada em fevereiro deste ano. (Foto: Marcelo Calazans)

A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, inaugurada dia 03 de fevereiro no Jardim Imá, registra crescimento no número de atendimento de vítimas de violência doméstica. De acordo com a assessoria de imprensa da Semmu (Secretaria Municipal de Polícia Para as Mulheres), a média diária subiu de 24 para 45 atendimentos. Somente entre 4 e 19 de abril, 686 mulheres procuraram a Casa, enquanto que nos dois primeiros meses foram 1.427.

A secretária Liz Derzi, titular da Semmu, atribuiu este crescimento à estrutura oferecida no local, indo além de uma unidade da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) que funciona 24 horas. "É muito mais do que isso. É um lugar onde a mulher se sente acolhida, protegida e fortalecida, disposta a romper um ciclo de violência muitas vezes suportado por décadas", explicou a secretária, lembrando que Campo Grande é a capital brasileira com a maior taxa de registros na Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

Um mês após a abertura oficial, a instituição pioneira no país inaugurou em suas instalações a 1ª Vara de Medidas Protetivas. Paras as vítimas que chegam fragilizadas após as agressões é oferecido abrigo por até 48 horas, com atendimento em tempo integral e área pedagógica para as crianças. Vale lembrar que Mato Grosso do Sul é o quinto estado mais violento do Brasil. "O aumento no número de vítimas que nos procuram deixa evidente que as mulheres estão despertando para seus direitos e que existe uma grande estrutura que realmente funciona para atendê-la", afirma promotora Paula Volpe.

A casa - A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande foi inaugurada no dia 3 de fevereiro de 2015. É um complexo que conta com todos os serviços especializados para atender a mulher vítima de violência, como delegacia, juizado, defensoria, promotoria, alojamento de passagem, equipes psicossocial e de orientação para emprego e renda, além de brinquedoteca e área de convivência. A ação faz parte do Programa Mulher Viver sem Violência, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR). O Governo Federal viabiliza a implantação do projeto em outras capitais.

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