Capital

Nova direção quer responsabilizar Ministério Público por dívida da Santa Casa

Aline dos Santos | 17/05/2013 12:56
Santa Casa ficou oito anos sob intervenção do poder público. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Santa Casa ficou oito anos sob intervenção do poder público. (Foto: Vanderlei Aparecido)

A ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que reassumiu hoje o comando da Santa Casa, após oito anos de intervenção, quer responsabilizar o Ministério Público pelo salto na dívida. Segundo o presidente da associação, Wilson Teslenco, a dívida que era de R$ 34 milhões em 2004 passou para R$ R$ 111 milhões.

“Toda ação de intervenção é do Ministério Público Estadual. Nós entendemos que eles precisam ser responsabilizados, porque fizeram a ação, propuseram a solução e não acompanharam as consequências, o resultado dessa proposta, dessa solução que eles encontraram”, afirma.

A Santa Casa está sob intervenção do poder público desde 13 de janeiro de 2005. Inicialmente, o processo foi administrativo, por meio de decretos da Prefeitura de Campo Grande. Em 2007, a intervenção passou a ser judicial. O pedido ao Poder Judiciário partiu do MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal) e MPT (Ministério Público do Trabalho).

Conforme Teslenco, uma reunião na próxima semana vai informar o MPE quanto ao cenário contábil encontrado no hospital.

“Vale apena destacar que a direção da ABCG, durante a transição, foi notificadas pelos ministérios públicos federais e do trabalho que é a responsável, a partir do dia 17 de maio, por qualquer problema que houvesse na continuidade de serviço. Não fizemos a divida, nós somos tão vitima dessa situação quanto a própria sociedade”, afirma.

Nesses oitos anos, quatro pessoas responderam pela presidência da Junta Administrativa: Rubens Trombini, Pedro Chave dos Santos Filho, Jorge de Oliveira Martins e Issam Moussa. Agora, o consultor Geraldo Justo vai responder pela administração do hospital.

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