Capital

No júri de Thamara, manifestação de família da vitima é vetada

Thamara vai participar do julgamento por meio de videoconferência. Ela está presa em Corumbá, distante 419 quilômetros da Capital

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 20/09/2017 09:24
O pai e a madrasta da vítima tiveram que tirar a blusa e colocar pelo lado do avesso (Foto:  Bruna Kaspary)
O pai e a madrasta da vítima tiveram que tirar a blusa e colocar pelo lado do avesso (Foto: Bruna Kaspary)

Vestidos com camisetas estampada com a foto de Victória Correia Mendonça, 18 anos, assassinada em julho do ano passado, o pai e a madrasta da vítima tiveram que tirar a blusa e colocar pelo lado do avesso para participar, nesta manhã (20), do julgamento de Thamara Arguelho de Assis, 22 anos, ré confessa de ter matado a jovem a tiros. A justificativa é de que não pode haver nenhuma manifestação no tribunal do júri.

“Nunca imaginei ficar sem minha filha. Espero que esse júri seja exemplar”, diz emocionado o guarda municipal Sandro Gamarra, pai de Victória. 

Thamara vai participar do julgamento por meio de videoconferência. Ela, que está presa em Corumbá, distante 419 quilômetros da Capital, não quis vir para a cidade para não sair de perto da filha, que nasceu em janeiro deste ano.

Marcado para às 8h, o júri começou com atraso de 45 minutos devido a um problema no equipamento que irá transmitir o depoimento da ré. A dona de casa Maria Inês Correia Brasil, 41 anos, mãe da vítima, espera por Justiça. “Nada vai trazer minha filha de volta. Estou sofrendo muito. No dia 14, Victória completaria 20 anos. Esse é o segundo aniversário sem ela”, lamenta. O resultado do júri deve ser divulgado no começo da tarde. Assista abaixo o vídeo que mostra os últimos ajustes para começar o julgamento. 

Acusada de matar jovem Victoria, no dia 19 de julho do ano passado, Thamara foi presa três dias depois. Ela está na “Unidade Materno Infantil” do Estabelecimento Penal Feminino “Carlos Alberto Jonas Giordano”, em Corumbá. Ela havia pedido, por meio da defesa, para não acompanhar o julgamento, mas mudou de ideia.

O julgamento estava programado para ocorrer no dia 18 de agosto, mas foi adiado a pedido da Defensoria Pública, porque o defensor responsável pelo caso não poderia estar presente, por motivos pessoais.

O Ministério Público denunciou Thamara por homicídio qualificado por motivo torpe, por não aceitar o relacionamento amoroso de seu ex-namorado com a vítima e por recurso que dificultou a defesa da vítima. Ela também foi denunciada por porte ilegal de arma de fogo. A jovem, que já estava grávida na época do assassinato, deu à luz a uma menina na cadeia. A criança seria filha de Weverton Silva Ayva, 28 anos, pivô do crime. Ele foi assassinado em setembro do ano passado, quando saia do semiaberto.

Nos siga no