Capital

No dia do aniversário, hospital assina aditivo com repasses por 3 meses

O novo aditivo é válido de 1º de Julho a 30 de Setembro de 2017

Guilherme Henri e Mayara Bueno | 18/08/2017 12:55
Prefeito Marquinhos Trad ao lado do secretário de saúde do município Marcelo Vilela (Foto: André Bittar)
Prefeito Marquinhos Trad ao lado do secretário de saúde do município Marcelo Vilela (Foto: André Bittar)

Em seu aniversário de 100 anos, a Santa Casa oficializou com a Prefeitura de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (18), um termo aditivo mantendo repasses mensais de R$ 20 milhões por três meses para a entidade que mantém o maior hospital do Estado.

Santa Casa e município negociam atualmente a celebração de um contrato definitivo para manutenção da parceria, cujos recursos também são provenientes do Governo Federal e do Estado. A principal divergência para um acordo é o acrécimo de R$ 3 milhões nos repasses solicitado pela direção do hospital, que alega operar com déficit na receita considerando a crescente demanda.

O prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), reafirmou que a prefeitura não pode arcar com o reajuste reivindicado pela unidade de saúde.

“O objetivo da prefeitura e o da Santa Casa é oferecer o que é melhor à população. A prefeitura sempre honrou com o contrato, que inclusive foi assinado hoje. O problema nunca foi a falta de repasse e sim o aumento da verba”, explicou Marquinhos.

Sobre o aditivo de tempo, o secretário de Finanças do município, Pedro Pedrosian Neto, reforçou que a prefeitura não tem dinheiro para aumentar o repasse e explicou que a decisão de assinar um aditivo de três meses partiu da própria entidade de saúde.

“Nós, enquanto prefeitura, tínhamos o interesse de um aditivo com tempo maior, porém a Santa Casa estabeleceu os três meses, para que no final do contrato possa novamente entrar em negociação do valor”, explica.

O novo aditivo é válido de 1º de Julho a 30 de Setembro de 2017.

Impasse - O convênio entre o hospital e município foi assinado em 8 de dezembro de 2015, com validade até o fim de 2016. Neste ano, a parceria é mantida por meio de aditivos e, este período, tem sido marcado por divergências entre poder público e a direção da unidade de saúde, que chegou a “fechar os portões” a demandas espontâneas alegando superlotação do Pronto Socorro.

Além disso, no início deste mês de agosto, houve a paralisação dos funcionários da enfermagem da Santa Casa, com 30% da escala sendo mantida devido o atraso do pagamento pela entidade.

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