Capital

No aniversário de jovem assassinado, família e deputados discutem Código Penal

Breno, que foi morto com o amigo Leonardo, faria 19 anos dia 12 de novembro. Data em que será realizado segundo debate sobre violência

Nadyenka Castro | 08/11/2012 12:18
Leonardo, à esquerda, e Breno, que faria 19 anos dia 12.
Leonardo, à esquerda, e Breno, que faria 19 anos dia 12.

No dia em que Breno Luigi Silvestrini completaria 19 anos -12 de novembro -, deputados federais, famílias de vítimas de violência e advogados vão se reunir para discutir o Código Penal. O rapaz e o amigo, Leonardo Batista Fernandes foram seqüestrados e mortos no dia 31 de agosto deste ano por bandidos que roubaram a camionete em que estavam.

O debate sobre a legislação penal está marcado para começar às 9 horas, no auditório da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) , em Campo Grande. É a segunda discussão sobre mudanças no Código Penal promovida pela Ordem.

De acordo com a OAB, o debate contará com a presença da bancada federal, senadores, familiares de vítimas de violência e convidados, entre eles a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP). O objetivo também é evitar que as vítimas de violência sejam esquecidas pelas autoridades e sociedade.

“É papel fundamental da OAB defender a sociedade e temos de promover este debate, colocando o cidadão para conversar com a bancada federal e pedir por estas aprimorações no Código Penal”, ressalta o presidente da OAB/MS, Leonardo Avelino Duarte.

O primeiro debate ocorreu no dia 13 de setembro, com representantes da segurança pública, como a Secretaria de Segurança e a PRF (Polícia Rodoviária Federal). Neste segundo debate, a discussão será a implantação de políticas públicas na segurança, principalmente na região de fronteira, e alterações no Código Penal.

A deputada é mãe do menino Yves Ota, assassinado em 1997, aos oito anos, durante sequestro. Após o crime, ela realizou vários trabalhos no combate a violência e na defesa de penas mais duras para crimes contra a vida.

Eleita deputada federal em 2010, Keiko trabalha no intuito de aprovar leis que ampliem a pena máxima para crimes hediondos e reduzam a impunidade e previnam a violência, entre outras.

Também confirmou presença no debate a UDVV (União em Defesa das Vítimas de Violência) do Estado. “Nunca houve no Mato Grosso do Sul uma união como esta entre as famílias. Além de um ponto de apoio, o debate é a forma que os parentes e amigos têm para lutar. É preciso mostrar a indignação do povo, para que tenhamos um resultado concreto, pois chega de violência”, afirmou a representante da União, Raquel Ferraro.

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