Capital

Neste ano, 40 gestantes conseguiram na Justiça medicamento contra aborto

Fernanda Mathias | 29/06/2016 09:25
Aplicação de injeções previne episódios de trombose e aborto (Foto: Arquivo Pessoal)
Aplicação de injeções previne episódios de trombose e aborto (Foto: Arquivo Pessoal)

Nos últimos seis meses quarenta gestantes de Campo Grande conseguiram assegurar na Justiça o remédio enoxaparina (anticoagulante) fundamental para evitar abordo em gestantes que sofrem de trombofilia, ou seja, propensão a desenvolver trombose devido a uma anomalia no sistema de coagulação do corpo.

Diante da grande procura, a Defensoria Pública vai realizar no dia 15 de julho, sexta-feira, às 13h30, uma audiência pública sobre o tema, na Escola Superior da Defensoria Pública. De acordo com o órgão, a procura aumentou consideravelmente. No ano passado, em média de uma a duas gestantes recorriam à Defensoria e neste ano a média já é de seis por mês, somente na Capital.

A professora Lauren Feder, 29 anos, recebeu indicação de 180 ampolas até o fim da gestação, em uma dosagem de 60 miligramas o que significaria custo de R$ 12 mil. Com histórico de AVC (Acidente Vascular Cerebral) aos 22 anos, Lauren precisa do medicamento e nos primeiros 40 dias, enquanto tentava assegurar o fornecimento na rede pública, recebeu doações. Após recorrer à Defensoria conseguiu garantir o tratamento. “Toda vez que vou retirar o medicamento é uma burocracia desnecessária, a gente já tem uma gestação de risco e ainda esse desgaste”.

Esperança – Acionada pelo MPF (Ministério Público Federal) de Pernambuco, a Justiça Federal deu sentença que permite que pacientes gestantes ou puérperas com trombofilia, no âmbito do SUS(Sistema Único de Saúde), que possam utilizar a HBPM (heparina de baixo peso molecular) para a prevenção do tromboembolismo venoso, com sua inclusão no Programa de Medicamentos do Ministério da Saúde para Dispensação Excepcional.

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