Capital

Nenhuma fiscalização consegue barrar velocidade na Interlagos

Helton Verão | 28/05/2013 08:37
O máximo permitido no trecho é de 50 km/h Foto: Marcos Ermínio)
O máximo permitido no trecho é de 50 km/h Foto: Marcos Ermínio)

Na avenida Interlagos, é só passar pela fiscalização eletrônica na esquina com a Spipe Calarge e os condutores pisam fundo no acelerador. Na via, principalmente no sentido a avenida Três Barras, todas as semanas são registrados acidentes pelo excesso de velocidade.

“Impossível ficar com a porta aberta, o barulho dos carros é intenso. Acidentes aqui são constantes, fruto da imprudência dos condutores”, comenta a funcionária de uma loja de baterias na avenida.

A empresa, inclusive, já foi palco de uma grande tragédia há dois anos, quando em uma disputa de racha terminou com a morte de Seila Maria Oliveira Alfonso. Um dos veículos foi parar dentro do estabelecimento.

A vítima não tinha envolvimento com o racha, estava na garupa de uma moto, quando uma Caravan não conseguiu desviar e passou por cima de Seila. O outro veículo, um Chevette fugiu sem prestar socorro.

Depois disso, lombadas foram instaladas na esquina da com a sede do Rádio Clube Campo e também com a rua Ramalho Ortigão, próximo a avenida Gury Marques, mas não adianta, reclamam os moradores. Segundo eles, passados esses trechos, o velocímetro ultrapassa 100 km/h.

"Segunda-feira da semana passada cheguei para trabalhar e tinham arrancado minha lixeira e o poste estava torto. Deduzi uma colisão pelos estilhaços espalhados pela pista”, conta o empresário Pedro Barbosa Moreno, de 37 anos.

Ele defende mais sinalização na Interlagos entre a Spipe Calarge à Rita Vieira de Andrade. “Os acidentes acontecem na reta, ou seja geralmente estão acima da velocidade”, conta o empresário.

Morador do bairro Rita Vieira há mais de 10 anos, o marceneiro Francisco Vicente, de 54, já prevê mais problemas na via com a conclusão da obra de quatro conjuntos residenciais grandes. “Quando as pessoas mudarem para cá, o fluxo de pedestre irá ser muito maior. Se não houver algum plano para esse trecho, poderemos presenciar tragédias no futuro”, avisa o marceneiro.

De acordo com Francisco, é muito difícil atravessar a via com a velocidade que os carros passam. “Eu saio por um lado e sigo no mesmo o tempo todo aqui, nada de atravessar a rua”.

O Campo Grande News procurou a Prefeitura de Campo Grande para saber se existe algum projeto para inibir a alta velocidade no local. A assessoria respondeu que “a Agetran já detectou o problema de velocidade na via e já estuda um projeto para definir a melhor alternativa para solucionar a questão e reduzir a velocidade no trecho sentido Três Barras e oferecer maior segurança a motoristas e pedestres. No sentido oposto da via, próximo à rua Spipe Calarge já existe radar eletrônico."

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