Capital

‘Não tem problema impossível’, diz secretário em balanço dos 145 dias

Prefeito anuncia cortes na folha de pagamentos para amenizar deficit de R$ 34 milhões

Anahi Zurutuza | 25/05/2017 16:11
Secretário Antônio Lacerda durante a apresentação (Foto: Marina Pacheco)
Secretário Antônio Lacerda durante a apresentação (Foto: Marina Pacheco)

A Prefeitura de Campo Grande devia o 13º de 2016 e não tinha recursos para pagar os salários dos servidores e encargos previdenciários, devia a fornecedores, bancos e hospitais, além de 96 obras paradas, projetos travados, prateleiras das farmácias estavam vazias e uniformes não haviam sido comprados.

Os débitos foram renegociados e parte deles pagos, uniformes e remédios comprados, obras e projetos estão sendo retomados.

O secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Antônio Cézar Lacerda Alves, abriu a coletiva de imprensa convocada pelo Executivo municipal fazendo um balanço dos 145 dias de gestão.

Ele fez a apresentação durante coletiva de imprensa para anunciar medidas tomadas pelo prefeito, Marquinhos Trad (PSD), para enxugar a folha de pagamento e reequilibrar as contas do município.

Lacerda lembrou que embora houvesse R$ 37 milhões em caixa, o dinheiro já estava comprometido e que a administração municipal teve de contar com a arrecadação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para pagar o 13º atrasado, os salários dos servidores, recolher a previdência do funcionalismo público, repassar o dinheiro dos empréstimos consignados descontado da folha que não havia sido repassado aos bancos, além de pagar os salários dos funcionários da Omep (Organização Mundial para a Educação Pré-escolar), da Seleta e o benefício dos menores aprendizes do Instituto Mirim.

“Regularizar os pagamentos dos servidores foi nossa prioridades”, recordou.

Dívidas – Lacerda disse ainda que o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e os secretários sentaram para renegociar dívidas com fornecedores – só com aos fabricantes de remédios, a prefeitura devia R$ 20 milhões – e hospitais.

“Sentamos com a Santa Casa e fechamos o convênio, pagamentos os R$ 2,7 milhões devidos ao Hospital de Câncer e renegociamos com o contrato, refizemos o convênio com o Hospital Universitário com o compromisso de repassar R$ 700 mil a mais.

Infraestrutura – Lacerda lembrou das 96 obras paradas e dos 300 mil buracos espalhados pelas ruas, sem que a prefeitura tivesse à disposição equipes para fazer os reparos nas ruas.

“Prefeito recebeu o governador Reinaldo Azambuja [PSDB] em janeiro para assinar o convênio de R$ 50 milhões para o tapa-buraco. Este aporte foi a solução emergencial e com esse dinheiro, já tapamos 120 mil buracos, quase a metade da herança deixada”.

O secretário de Governo destacou que das 96 obras paradas, 20 eram para o sistema de saúde e 24 para a educação, sendo que 13 são Ceinfs (Centros de Educação Infantil). Ele listou a retomadas das obras das creches do Tijuca, Centenário e Jardim Noroeste.

Destravando projetos, Marquinhos, segundo Lacerda, viabilizou R$ 500 milhões para obras de infrastrutura – em recursos de fora e contrapartida garantidas nos cofres municipais. “São R$ 380 milhões só em pavimentação, mais R$ 150 milhões para a mobilidade urbana”.

O titular da pasta de Governo listou ainda das obras de recuperação das margens do Rio Anhanduí, orçada em R$ 67 milhões, e da assinatura do contrato com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), no valor de U$ 56 milhões – não menos que R$ 160 milhões – para a revitalização do Centro.

Educação e saúde – A compra e entrega dos uniformes e reposição dos estoques das farmácias dos postos de saúde também mereceram destaque na apresentação.

“Esta foi a cidade que nós encontramos. Não temos tido hora, não tem problema que nós não temos nos empenhado para resolver”, concluiu.

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