Capital

Não há previsão para vacinar alunos de escola onde Gripe A foi confirmada

Renata Volpe Haddad | 27/05/2017 10:17
Enviado pela mãe de uma criança de 7 anos, exame datado de 22 de maio apresenta diagnóstico positivo para Influenza A. (Foto: Direto das Ruas).
Enviado pela mãe de uma criança de 7 anos, exame datado de 22 de maio apresenta diagnóstico positivo para Influenza A. (Foto: Direto das Ruas).

Alunos da escola Municipal Major Juca-Pyrama, localizada na Base Aérea de Campo Grande, onde duas alunas foram diagnosticadas com a Gripe A, não devem ser vacinados, pelo menos por enquanto, por não estarem no grupo de risco. A prioridade da vacina é para crianças de 0 a 5 anos. Pais de estudantes protocolaram abaixo-assinado na Semed (Secretaria Municipal de Educação), por estarem com medo que ocorra um surto da doença. 

Segundo a assessoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), a equipe faz uma avaliação do abaixo-assinado, mas a princípio, os alunos não devem ser vacinados, por não estarem no grupo de risco. Para que a vacinação em alunos aconteça, seria necessário que a prefeitura arcasse com a vacina extra, porém o município precisa seguir o protocolo do Ministério da Saúde e uma medida poderá ser tomada apenas depois da campanha ser encerrada, informa a Sesau.

O efeito da imunização também não é imediato, demora cerca de 15 dias para a vacina fazer efeito.

Gripe A - O primeiro caso da doença foi diagnosticado em uma aluna de 7 anos, no início do mês de maio. No dia 21 de maio, uma outra aluna, também foi diagnosticada com a Influenza A. Os pais ficaram revoltados porque quando o primeiro caso foi confirmado, a escola não divulgou, pois “a orientação era não fazer comunicado oficial para não causar pânico entre pais, alunos e população em geral”, segundo uma mãe de aluno que preferiu não ser identificada. 

Revoltados, os pais protocolaram um abaixa-assinado com mais de 70 assinaturas, na Semed. Ontem (26) pela manhã foi realizada uma palestra com o objetivo de orientar pais e alunos quanto aos cuidados com higiene pessoal e prevenção do vírus influenza.

No entanto, a palestra, ministrada pela coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Mariah Barros, acabou sendo palco de questionamentos por parte do público, que pediu explicações para a omissão da diretora Lilia Rosinei de Souza Rodrigues em relação ao caso confirmado e esclarecimentos sobre as providências a serem tomadas daqui para frente.

Com o abaixo-assinado protocolado na Semed, o próximo passo agora é procurar orientação jurídica para pleitear na Justiça a vacinação dos cerca de 250 alunos da escola.

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