Capital

Na última semana de campanha, procura por vacina contra a gripe ainda é tímida

Flávia Lima | 19/05/2015 13:44
A professora Maria Auxiliadora Bonifácio (esq.) leva a mãe, Pracides Ferreira, para tomar a vacina no posto do Estrela Dalva (Foto:Marcos Ermínio)
A professora Maria Auxiliadora Bonifácio (esq.) leva a mãe, Pracides Ferreira, para tomar a vacina no posto do Estrela Dalva (Foto:Marcos Ermínio)

Próximo do encerramento da campanha de vacinação contra a gripe, prevista para terminar na próxima sexta-feira(22), mães e idosos voltaram a procurar os postos de saúde da Capital em busca da imunização, no entanto o movimento continua tímido. Na Unidade Básica de Saúde do bairro Estrela Dalva, muitas mães levaram crianças e bebês para tomarem a dose da vacina na manhã desta terça-feira (19), mas segundo o gerente da unidade, Maycon Ribeiro, o movimento intenso foi registrado só na primeira semana da campanha, que teve início dia 8.

Apesar da greve dos médicos, o atendimento está sendo feito normalmente, já que as vacinas são aplicadas pela equipe de enfermeiros e o tempo de espera é mínimo. Pela manhã, quem buscou a imunização não esperava mais de 20 minutos.

Precavida, a dona de casa Marinalva Rosa Santana levou a pequena Mariana, de cinco meses, para tomar a dose da vacina, mas foi avisada que o bebê só poderia ser imunizado no próximo mês, devido a idade.

Já a professora Maria Auxiliadora Bonifácio levou a mãe, a aposentada Pracides Ferreira de Menezes, 82, que sofre do Mal de Parkinson,  para garantir a proteção. "Todo ano vai algum profissional da saúde em casa aplicar devido a dificuldade de locomoção dela, mas como até agora não foi ninguém, decidi trazê-la", conta.

Segundo a professora, desde que começou a tomar a vacina, a mãe nunca mais sofreu com gripes durante o ano. Quem também espera a campanha com ansiedade é o aposentado Adonir Inocêncio Oliveira, 60, que rebate as declarações de amigos que se recusam a tomar a vacina com medo de ficarem doentes. Tomo há cinco anos e nunca tive nada. Tinha esquecido do prazo e vim correndo hoje", revela.

O gerente Maycon Ribeiro explica que, caso a pessoa esteja com a imunidade baixa, é possível ficar levemente gripado após tomar a vacina, mas não é uma regra. "É importante a imunização para evitar epidemias", alerta. O aposentado Marciélio Garcia, não conseguiu que a filha Marcela, 10, fosse imunizada. Como sofre de bronquite asmática, a menina precisaria passar por um médico antes, mas com a greve, não foi possível a consulta. "Vou continuar procurando outro lugar", disse.

Metas - Como a meta de imunização, que é de 80%, ainda está na casa dos 36% em todo o país, é possível que a campanha seja prorrogada, segundo Maycon. "Eu recebi orientação para continuar vacinando até segunda-feira (25)", disse.

A vacinação é destinada aos grupos de risco, que somam 185.592 pessoas. Até agora foram 67.867 pessoas imunizadas, entre elas 15.901 crianças de seis a menores de cinco anos, 2.606 gestantes; 3.961 trabalhadores em saúde e 38.938 pessoas acima de 60 anos.

A gerente Técnica do Serviço de Imunização da Sesau, Cássia Tiemi Kanoaka, diz que a vacinação é segura e só é contra-indicada para pessoas que tiveram reações alérgicas em doses anteriores ou que tenham alergia a ovos de galinha e seus derivados. 

No ano passado, Campo Grande conseguiu superar a meta de vacinar 80% do público-alvo. Foram imunizadas 139.002 pessoas, sendo 68.315 idosos, 39.641 crianças, 21.481 trabalhadores em saúde, 6.770 gestantes, 1.241 puérperas e 1.544 indígenas.

A Campanha segue em todas as Unidades Básicas de Saúde, das 7h às 11h e das 13h às 17h.

 

 

Marcela, que sofre de bronquite asmática, foi ao posto acompanhada pelo pai, mas não conseguiu ser imunizadas porque precisa de liberação do médico. (Foto:Marcos Ermínio)
Já quem está com a saúde em dia está sendo vacinado normalmente. (Foto:Marcos Ermínio)
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