Capital

Na Marcha da Maconha, movimento pede mais liberdade de expressão

Antonio Marques e Luana Rodrigues | 21/05/2016 17:36
A marcha da maconha reuniu mais de 100 pessoas nas ruas do centro da Capital, na maioria adolescente (Foto: Alcides Neto)
A marcha da maconha reuniu mais de 100 pessoas nas ruas do centro da Capital, na maioria adolescente (Foto: Alcides Neto)

Com gritos de “Ei polícia, a droga é uma delícia” e carregando cartazes e faixas, mais de 100 pessoas, maioria de adolescentes, caminharam pelas ruas do centro da Capital no final da tarde de hoje(21), em mais uma Marcha da Maconha. Os participantes aproveitaram o movimento para criticar a atual situação política no País e pedir mais liberdade.

Os manifestantes se concentraram na Orla Ferroviária, em frente a Morada dos Baís. A partir das 16h30 iniciaram a marcha pela Avenida Afonso Pena no sentido a Rua 14 de Julho, onde permaneceram sentados no meio da via por alguns minutos. Estava na programação caminhar até a Rua Barão do Rio Branco, por onde iriam retornar pela contra mão até o local da concentração.

O ator e músico Eduardo Miranda, 31 anos, mais conhecido como Dudu, um dos organizadores da marcha, disse que o objetivo é chamar a atenção dos políticos por conta da atual situação política no país. “Existe uma certa preocupação dos movimentos sociais em relação a liberdade de expressão. Portanto, isso aqui é muito mais que uma marcha a favor da libertação da maconha, é o momento de ir para o embate contra essa política de opressão do atual governo”, declarou.

Segundo Dudu, os manifestantes querem mostrar que muito mais que a maconha, a corrupção traz mais prejuízos à população. “Nós repudiamos toda a situação política em nosso país, do nosso Estado e, principalmente do município”.

A concentração da marcha, que reuniu em sua maioria jovens, aconteceu na Orla Ferroviária, em frente a Morada dos Baís (Foto: Alcides Neto)
Jovens preparam os cartazes e faixas na concentração da marcha da maconha (Foto: Alcides Neto)

A adolescente Érica, 15 anos, revelou que participava do evento por conta de um trabalho de escola que estava fazendo em que defendia a liberação da droga. Ela fez questão de dizer que era usuária da maconha e que seus pais sabem, “mas preferem não enxergar. E não vejo mal algum no uso”, comentou ela.

Ativista do movimento feminista e integrante do bloco das “Boladonas”, a estudante Marina Duarte, 23 anos, destacou que especificamente hoje o grupo decidiu por o bloco anti-proibicionismo na rua. “Essa pauta da liberdade da maconha é comum entre os movimentos, inclusive o feminista, porque prega a liberdade sobre o próprio corpo”, observou ela.

“É muito importante politicamente nesse momento que os movimento se unam e vão para as ruas contra as proibições vazias sem nenhuma explicação”, protestou Marina Duarte.

Já o professor de história, Sidnei Melo, 46 anos, que foi candidato a prefeito nas últimas eleições em Campo Grande pelo Psol, disse que estava na marcha porque toda a batalha em torno da liberdade exige a participação dos movimentos. “Estamos falando em direitos e não somente da liberação do uso de uma droga. Essa discussão é por liberdades constitucionais”, declarou ele, acrescentando ser usuário da maconha “eventualmente e recreativamente”, diferente de pessoas da sociedade que são hipócritas e não assumem o uso.

Os movimentos feministas também apoiaram a marcha da maconha, por pregar a liberdade (Foto: Alcides Neto)
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