Capital

Na ala dos cinquentões, segunda dose chega com alerta de não “baixar a guarda”

“Não pode relaxar. O vírus vai continuar por aí, como uma gripe”, diz aposentada

Aline dos Santos e Cristiano Arruda | 31/07/2021 10:29
Mara Lúcia tomou hoje a segunda dose da vacina contra a covid. (Foto: Henrique Kawaminami)
Mara Lúcia tomou hoje a segunda dose da vacina contra a covid. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com a segunda dose da vacina contra a covid aplicada neste sábado (dia 31), a ala dos cinquentões comemora a imunização total, mas a experiência deixa claro que não é momento de “baixar a guarda” contra o coronavírus. 

“Estou aliviada por tomar a segunda dose. Entretanto, ainda não é o momento de relaxar. Em casa, continuamos com as medidas de biossegurança. Não aglomeramos, usamos álcool em gel e máscaras”, afirma a aposentada Isabel Machado, 58 anos. 

Ela e o esposo Epaminondas Garcia, 58 anos, tomaram a dose de reforço hoje. “A gente já esta vivendo o novo normal e nada vai ser como antes. Estamos vacinados com a segunda dose, mas o ideal é que a gente continue se cuidando. Eu e minha mãe já tivemos covid”, diz o motorista Epaminondas. 

O casal Isabel e Epaminondas destaca que é preciso manter os cuidados. (Foto: Henrique Kawaminami)

A aposentada Mara Lúcia de Souza Rosa, 57 anos, também reforça a necessidade de manter os cuidados. “Não pode relaxar. O vírus vai continuar por aí, como uma gripe. Acho que todo mundo tem que fazer a sua parte e se adaptar ao novo normal”.

O servidor público estadual Éder Marsiglia, 58 anos, recebeu a segunda dose da vacina neste sábado e se prepara encerrar o home office. “Agora, vou aguardar 15 dias e voltar. Confesso que estou com medo. Têm bastante jovens onde trabalho e boa parte desses jovens é que estão aglomerando. Não sei como vai ser esse retorno”, afirma.

Já o serralheiro Aggeu Vauverde, 59 anos, manteve a rotina de visitar os clientes. “Felizmente, tomei a minha segunda dose. Mas o receio continua, nunca mais teremos o normal de antes. Preciso sempre estar em contato com as pessoas e chamo a atenção de quem não usa máscara, mesmo que seja cliente”, salienta Aggeu. 

O serralheiro Aggeu tomou segunda dose e completou o ciclo vacinal neste sábado. (Foto: Henrique Kawaminami)

Para o serralheiro, que completou o ciclo vacinal hoje, o mais intrigante neste “novo normal”, é a resistência em tomar o imunizante contra a covid. “Me intriga que as pessoas mais estudadas são as mais ignorantes e não querem se vacinar”. 

A reportagem acompanhou a vacinação na Seleta, no Centro de Campo Grande. A convocação para a dose de reforço é destinada ao seguinte público: quem tomou Coronavac-Sinovac-Butantan até o dia 5 de julho, quem se vacinou com a Astrazeneca até o dia 28 de maio ou quem foi imunizado com a Pfizer até o dia 31 maio.

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