Capital

Músico de banda católica morreu em acidente ao tentar concurso em GO

Alan Diógenes | 09/02/2015 17:07
Marcelo tinha planos de passar em concurso e ingressar em mestrado de Química. (Foto: Reprodução/Facebook)
Marcelo tinha planos de passar em concurso e ingressar em mestrado de Química. (Foto: Reprodução/Facebook)
Ele também era baixista da banda católica Ahava. (Foto: Reprodução/Facebook)

O músico da banda católica Ahava, Marcelo Rocha da Silva, 26 anos, fez a última viagem ao Estado de Goiás para tentar ser aprovado em concurso público para perito criminal, algo que sonhava em busca da estabilidade financeira. O acidente que o matou aconteceu no sábado (7), na GO-174, entre as cidades de Aparecida do Rio Doce e Rio Verde, no sudoeste Goiano, ocorreu menos de 24 horas após a última apresentação como baixista em uma formatura.

Segundo o servidor público Balbe Kleber Neto Monteiro, 36 anos, integrante da mesma banda, o amigo, Marcelo, conduzia um Honda Civic, quando colidiu frontalmente com um caminhão Baú. A namorada Thamires Barbosa Foscaches, que também estava no veículo, foi encaminhada à uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde passou por avaliações e seu estado de saúde é estável. Ela só ficou sabendo da morte do namorado na noite de sábado.

"No momento em que fiquei sabendo do acidente foi um baque. A gente está anestesiado com tudo isso e sem poder acreditar que sua vida foi ceifada de uma maneira tão trágica. Um menino alegre, sarrista, sem vícios e sem maldades, não poderia morrer desta forma", comentou Balbe.

Já outro amigo de Marcelo, o bancário Glauber Rodrigues, 32 anos, disse que o acidente pode ter sido criminoso e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Goias já foi acionada pela família para investigar o caso. "Tivemos a informação de que o condutor do caminhão poderia estar bêbado ou sob efeito de alguma droga, como medicamentos, por isso a PRF irá investigar o que aconteceu. Estamos passando por uma situação difícil, por que o Marcelo levava a vida por um lado doce e humano. Louvava a Deus  e angariava fiéis para igreja usando sua maior característica: a suavidade", apontou.

Amigo Glauber disse que envolvimento de caminhoneiro em acidente será investigado. (Foto: Alcides Neto)
Integrante da banda em que Marcelo tocava falou que notícia de sua morte foi recebida com surpresa por todos. (Foto: Alcides Neto)

O químico Felipe Garcia, 27 anos, também tocava na banda e conheceu Marcelo há 17 anos na igreja católica Cristo Luz dos Povos, localizada na Avenida Bandeirantes. Eles fizeram catequese, tocavam nas missas, estudaram em cursinho e entraram na faculdade de Química juntos. Após trabalharam em um centro de ensino público para deficientes visuais.

Nínguem melhor do que Felipe para descrever o que o "grande amigo" representava para ele. "Produzimos juntos livros em braile para os alunos de onde trabalhávamos, algo mais gratificante que posso lembrar. Um última lembrança que tenho dele é do momento que tocamos em uma formatura momentos antes dele viajar, era um rapaz alegre e muito extrovertido, sempre fazia as situações difíceis virar piada. Entre um dos seus planos era começar o mestrado na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) de Química Analítica", finalizou.

A esposa do jornalista Gilmar Hernandes, 36 anos, foi uma das vocalistas da banda durante 6 anos. Para ele, o que mais faz lembrar Marcelo é a primeira música da banda Ahava. Ele cita um trecho da canção: "... e o meu ontem já não interessa mais. E o meu hoje é presente de Deus. E o meu amanhã sei que será ao lado de Jesus...o mensageiro do amor".

O corpo de Marcelo foi velado na capela da Paz Real, na Avenida Bandeirantes e o corpo enterrado no Cemitério Santo Amaro. Vários familiares, fiéis e jovens amigos de Marcelo compareceram à capela na tarde desta segunda-feira (9) para prestar a última homenagem.

Marcelo era baixista da banda Ahava há cerca de 7 anos. (Foto: Reprodução Facebook)
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