Capital

Muro cai sobre carro com 4 meses de uso e vítimas aguardam Defesa Civil

Vanda Escalante | 08/03/2015 09:56
Carro ficou sob os escombros (Fotos: Alcides Neto)
Carro ficou sob os escombros (Fotos: Alcides Neto)

O domingo (8) começou com um grande susto para os moradores do Edifício Riviera, na rua Dom Aquino, centro de Campo Grande. Por volta das 4h, o muro lateral do prédio desabou e caiu sobre um, dos veículos que estava na garagem. O carro, um Volkswagen Up amarelo, com apenas quatro meses de uso, pertence à professora Paula Belchior, 39 anos, moradora do Riviera há mais de 20 anos.

A síndica do condomínio, Anádia Figueira, disse que, ao perceber o incidente, ligou para os bombeiros, que compareceram ao local, e para a Defesa Civil, onde o telefone de emergência – 199 – só chamava até cair a ligação. “Como estava escuro ainda e a gente não conseguia ver a dimensão do estrago, a gente queria uma avaliação da Defesa Civil sobre os riscos, se há algum dano que possa comprometer a segurança do prédio, enfim, uma orientação de como proceder. Mas só atenderam o telefone às 6h24”, reclama.

Ainda de acordo com a síndica, o plantonista do 199 disse a ela que estaria mandando uma viatura para lá imediatamente. No entanto, às 8h15, horário em que a reportagem do Campo Grande News estava no local, ninguém da Defesa Civil havia chegado e presenciamos novas tentativas de contato: o telefone de emergência voltou a chamar até cair.

Paula, a dona do carro danificado, também está impedida de acionar a seguradora, pois a Defesa Civil precisa vistoriar o local antes que se mexa em alguma coisa. A entrada da garagem e todo o corredor lateral externo do prédio está interditados pelos escombros do muro.

Paula Belchior não pode acionar o seguro antes da vistoria da Defesa Civil. (Foto: Alcides Neto)

Construção - Ao lado do Edifício Riviera há um prédio em contrução. A placa informa que a obra é de responsabilidade da Maxi Incorporadora. A sindica do Riviera disse que, com a construção, em janeiro começaram a aparecer fissuras no chão do corredor onde caiu o muro.

“Entramos em contato com o engenheiro responsável pela obra e ele nos garantiu que tomaria providências. Em momento algum se omitiu da responsabilidade”, explicou Anádia. O representante da obra está no local, acompanhando a situação até a chegada da Defesa Civil. 

Defesa Civil – Na Defesa Civil, às 9h, a informação era de que ainda não tinha sido possível atender à ocorrência por “dificuldades técnicas”, já que a viatura disponível estaria quebrada. A previsão é de que haja um laudo técnico depois das 13h.

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