Capital

Mudança na sinalização da Via Morena gera acidente e reclamações de moradores

Paula Vitorino | 19/09/2011 13:05

Motoristas que seguem pela João Rosa Pires têm dificuldade para entrar na Via Morena

Acidente aconteceu quando caminhão do Exército tentava entra na Via Morena e bateu em Celta preto. (Foto: João Garrigó)
Acidente aconteceu quando caminhão do Exército tentava entra na Via Morena e bateu em Celta preto. (Foto: João Garrigó)

A substituição da rotatória por semáforo no cruzamento da Júlio de Castilho com Via Morena melhorou a organização no trânsito, na avaliação dos motoristas, mas ainda segundo eles, a sinalização ao redor deixou o tráfego ainda mais confuso e perigoso no local.

O problema é que os motoristas que seguem pela João Rosa Pires até a rua Sargento Cecílio Yule quando chegam na Via Morena não podem mais virar direto para a Marechal Rondon, tendo somente a alternativa de subir em direção a Júlio de Castilho.

Mas para entrar na pista da Via Morena não existe sinal de pare ou semáforo, o que transforma o trânsito em um verdadeiro confronto por espaço, já que as duas vias são de grande fluxo de veículos.

“Agora todo mundo só tem opção. No horário de pico a rua fica lotada até a Praça das Araráse o risco de acidente é maior porque todo mundo quer passar ao mesmo tempo”, diz o veterinário Bruno Grisoste, de 29 anos.

Hoje pela manhã um caminhão do Exército bateu em um veículo Celta, de cor preta, quando tentava entrar na Via Morena. O motorista estava na faixa da esquerda e o Celta na direta.

A condutora do carro, Socorro Pereira, de 46 anos, conta que os dois estavam parados, esperando espaço para entrar na via, quando o caminhão foi fazer a volta e bateu na lateral. O motorista do caminhão não quis conversar com a imprensa.

“Ele foi abrir para entrar na via, mas fechou meu carro e bateu”, conta.

No entanto, ela diz que realmente é difícil para o motorista que está na Sargento Cecílio conseguir entrar na Via Morena, ainda mais quando dirige um veículo de grande porte.

“Não tem espaço para ele fazer a manobra, é difícil. A Via Morena está sempre cheia de carros e a Sargento também”, diz.

Para o engenheiro Neder Pereira, de 51 anos, a solução de todo o problema seria resolvida se o semáforo da Orla fosse poucos metros antes, no início da Sargento Cecílio, ou com a instalação do equipamento em três tempos.

“Os carros iam parar antes de fechar a via e a gente ia conseguir passar. Mas desse jeito não tem condições dos motoristas passarem”, diz.

Solução - Em meios as reclamações dos motoristas, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) explica que a solução para o problema no local é única: o motorista que segue pela João Pires deve virar para a Via Morena quando chegar na Praça das Ararás.

Sendo assim, o diretor de trânsito da Agência, Janine de Lima Bruno, explica que a Sargento Cecílio deve funcionar apenas como uma via de acesso local.

“O objetivo é que só siga pela via quem mora ali ou precisa ir em algum dos comércios nela”, esclarece.

Ele ainda garante que o local será melhor sinalizado, com placas para indicando ao motorista que o acesso a Via Morena deve ser feito na Dom Aquino e que a Sargento Cecílio é para acesso local.

A justificativa do acesso pela Dom Aquino é devido ao semáforo. “É muito mais fácil para o motorista, ele vira ali e pega o semáforo. Querer ir pela Sargento Cecílio é muito mais trabalhoso, não tem sentido”, ressalta.

De acordo com Janine, não tem possibilidade de colocar outro semáforo na Cecílio com a Via Morena para permitir o fluxo de veículos pela via. Também não existe previsão de voltar a ser permitido a conversão direto para a Marechal Rondon.

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