Capital

Mototaxistas comemoram fim do ‘olhômetro’ na cobrança de corridas

Prefeito assinou decreto que autoriza a instalação do medidor

Mayara Bueno e Rafael Ribeiro | 13/02/2017 10:26
Mototaxistas foram à Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Richelieu de Carlo),
Mototaxistas foram à Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Richelieu de Carlo),
Capital é a primeira no Brasil a ter o aparelho, afirma Sindicato dos Mototaxistas. (Foto: Rafael Ribeiro).

Reivindicação de pelo menos dois anos, o mototaxímetro, aparelho que calcula o preço de uma corrida e que será instalado nas motos, é comemorado pelos mototaxistas. Nesta segunda-feira (13), o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), assinou o decreto autorizando a instalação do equipamento.

Pelo menos 50 profissionais estiveram no Paço Municipal para acompanhar a assinatura. Eles comemoram o avanço e dizem que a Capital será a primeira no Brasil a contar com o medidor no mototáxi.

O serviço foi regulamentado no início dos anos 2000, mas, desde então, os mototaxistas trabalham com a tabela de preços da Prefeitura, que fixa valores de acordo com a distância percorridas. Por exemplo, pela lista, uma corrida de seis quilômetros pode sair a R$ 8,60 na na bandeira 1. Para cada distância, um valor.

De acordo com o mototaxista Wagno Barcelos, 41 anos, até então o cálculo é feito “na base do olhômetro”. Apesar de existir a tabela, há dificuldade em calcular os quilômetros rodados. “Muitas vezes chuta, nem sempre o valor correto, o que cria problemas entre usuário e mototaxista”.

O “chute” é para mais, mas muitas vezes também acaba sendo menos do que valeria a corrida. “A pessoa terá mais confiança na gente, porque antes era tudo dito pelo não dito. Desconfiavam do preço e a gente cobrava abaixo para não perder o cliente”, afirmou Odair Miranda, 33 anos, mototaxista há nove anos.

Sem reajuste desde 2014, o serviço deve começar a operar com o taxímetro dentro de 20 dias, disse o presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Campo Grande, Dorvair Boaventura de Oliveira. Para ele, o aparelho trará mais credibilidade e poderá servir de base para pleitear aumento de tarifa. “Justamente a falta do equipamento era um empecilho para exigir reajuste”.

O aparelho será adquirido pela prefeitura e instalado na malha de veículo já existente, enquanto os novos já contarão com o equipamento.

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