Capital

Motoristas fazem buzinaço em protesto contra interdição do aterro

Aline dos Santos e Julia Kaifanny | 16/12/2016 12:06
Veículos com caçamba foram levados para a ruas durante protesto. (Foto: Fernando Antunes)
Veículos com caçamba foram levados para a ruas durante protesto. (Foto: Fernando Antunes)

Com buzinaço, cem  caminhões caçamba circulam por Campo Grande em protesto contra o fechamento do aterro de entulhos, no Jardim Noroeste. O local, único lugar “oficial” para descarte dos restos da construção civil, foi fechado ontem pela prefeitura após decisão judicial.

Nesta sexta-feira (dia 16), os motoristas dos caminhões caçamba fizeram protesto no bairro. Em seguida, os veículos saíram pela avenida João Arinos e rua Joaquim Murtinho. A intenção era ir na prefeitura, na avenida Afonso Pena, mas os veículos têm restrição para estacionamento.

Segundo o presidente da Associação Campo-Grandense de Locação de Bens Móveis, Arthur Almeida Fernandes, só hoje são 120 caçambas carregadas e sem ter onde jogar os entulhos. Ao todo, são 3.800 caçambas na cidade.

De acordo com o empresário Rubens Menezes, a intenção é chamar atenção das autoridades para que seja destinado novo local para descarte do entulho. “Queremos trabalhar”, diz.

Na manhã de ontem (dia 15), os catadores que trabalham no aterro fecharam a BR-163. Eles recolhem material reciclável, papelão, lata, ferro. Segundo os catadores, a remuneração diária não ultrapassa R$ 50.

Risco - Uma vistoria feita em julho pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) constatou que no aterro há triagem superficial dos resíduos, permitindo ingresso de resíduos recicláveis e orgânicos.

Autor da decisão, o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, disse na semana passada à reportagem que o aterro precisa passar por uma série de adequações, como fechamento no entorno e proibição da entrada de lixo hospitalar.

A cidade já teve quatro pontos para aterro de entulho, que foram fechados. Em maio do ano passado, uma área na saída para Sidrolândia chegou a ser avaliada pela prefeitura para receber os entulhos, mas não houve transferência do aterro.

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