Motoentregador morre em colisão com carro de passeio
Kauê Felipe Bezerra conseguiu ligar para esposa após acidente, mas não resistiu aos ferimentos

Motoentregador de 28 anos identificado como Kauê Felipe Bezerra morreu durante o fim da noite desta sexta-feira (8) ao colidir com um Honda Fit no cruzamento da Rua Antônio Maria Teixeira com a Avenida Monte Castelo, situado no bairro de mesmo nome, em Campo Grande.
O condutor do veículo de passeio, empresário de 38 anos, foi quem prestou os primeiros socorros. Ele foi submetido a teste do bafômetro, que atestou negativo para a presença de álcool no organismo. À reportagem, afirmou que o motociclista estava em alta velocidade, no sentido oposto. O acidente teria acontecido durante uma conversão à esquerda, no entanto, a dinâmica é investigada pela Polícia Civil.
"Estava vindo na [Avenida] Monte Castelo, fiz a curva e aconteceu o acidente. Foi muito rápido. Aí ele entrou no ponto cego da coluna e eu já tinha entrado na avenida. Pode ver que não tem marca de freio [no asfalto]. Quando bateu na porta do passageiro, o capacete dele se soltou e foi parar no terreno ao lado", disse.
Ainda segundo o condutor, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) demorou 26 minutos até chegar ao local. Ele acionou a namorada e dois amigos que se apresentaram à imprensa como advogados. A vítima foi reanimada por uma hora, mas não resistiu aos ferimentos. "Prestei todo o socorro e fiquei aqui até agora. Demorou para o Samu chegar, liguei até para o [Corpo de] Bombeiros".
Além do serviço, a Ursa (Unidade de Resgate e Serviço Avançado), PM (Polícia Militar) e Perícia Científica estiveram no local. A esposa de Kauê, Joice Maira, disse ao Campo Grande News que o companheiro trabalhava como motoentregador há pouco tempo. Ela contestou a versão apresentada pelo motorista, mas aguarda o resultado das investigações.
"Era um cara de família, que estava trabalhando pelos filhos, de 4 e 8 anos. Ele chegou a desbloquear o telefone e falar comigo antes de morrer. Agora espero pela perícia. [...] Se trouxe advogado, é porque deve", finalizou.
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News no WhatsApp e siga nossas redes sociais.