Capital

Moto de funcionário da Agetran morto foi abandonada em posto por dupla

Rafael Ribeiro | 12/05/2017 09:25
Agentes funerários recolhem o corpo do ex-funcionário da Agetran encontrado morto, na quinta (Foto: Rafael Ribeiro)
Agentes funerários recolhem o corpo do ex-funcionário da Agetran encontrado morto, na quinta (Foto: Rafael Ribeiro)
Givaldo Domingues da Silva estava desaparecido desde o último sábado (Foto: Reprodução)

A moto do funcionário da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transportes) Givaldo Domingues da Silva, 44 anos, foi localizada ainda na tarde desta quinta-feira por guardas civis municipais abandonada em um posto de gasolina na Avenida Gunther Hans, no Jardim Tarumã, região sul de Campo Grande.

Segundo a polícia, funcionários relataram aos guardas que o veículo foi deixado no local por volta das 15h do sábado (6), por dois homens ainda não identificados.

No relato do gerente do estabelecimento aos guardas, eles estacionam a moto e saem andando. As imagens foram entregues à polícia, que por enquanto não confirma que Silva seja uma das pessoas que aparecem.

O ex-técnico em manutenção da Agetran foi encontrado morto a facadas e tiros às margens da BR-262, na altura do km 356, no anel rodoviário entre as saídas de Sidrolândia e Indubrasil, na manhã de quinta-feira (11). O corpo estava em uma vala, em uma das saídas da pista para o presídio da Gameleira.


Pelo avançado estado de decomposição, a avaliação inicial é de que o assassinato pode ter ocorrido há quatro dias. O corpo foi levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para a realização de mais exames e deve ser liberado somente na próxima semana, direto para o enterro. Pelas condições, médicos vetaram a realização de um velório.

Perigo – Conforme o Campo Grande News informou, a principal testemunha do caso procurada pela polícia seria uma amante com quem Givaldo estaria mantendo um relacionamento há meses. Antes de desaparecer, na sexta-feira (5), ele se despediu de familiares dizendo que se encontraria com a mulher e dizendo-se feliz com “o novo amor.”

A mulher é considerada peça-chave da investigação, pelo fato de que nunca foi apresentada aos familiares e amigos. Poucos viram, ao menos, sua foto.


Em raras conversas sobre a amante, Givaldo forneceu poucos detalhes, como o fato de que os encontros aconteciam à noite, após as aulas que ele freqüentava de educação para jovens e adultos em uma escola municipal no mesmo bairro onde sua moto foi localizada, o que aumentam as suspeitas dos investigadores.


Givaldo era casado há 22 anos com Kátia Regina de Castro, 42, com quem tem dois filhos, de 22 e 15. Segundo familiares, o casal estava se separando e mantinha uma relação tumultuada, com troca de ofensas e reconciliações forçadas. A mulher chegou a dizer em uma briga, há 15 dias, que o ex-funcionário público “não seria de mais ninguém se não dela.”

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