Capital

“Morte desproposital”, diz delegado sobre artista plástica assassinada com soco

Catarina Marquesi foi encontrada pelo marido ainda viva; nada de valor foi levado da casa

Ana Paula Chuva e Clayton Neves | 04/05/2021 15:09
Delegado Reginaldo Salomã falando sobre assassinato de Catarina. (Foto: Kisiê Ainoã)
Delegado Reginaldo Salomã falando sobre assassinato de Catarina. (Foto: Kisiê Ainoã)

Informações preliminares apontam para uma “morte desproposital", o assassinato da artista plástica de 72 anos, Catarina Maria Marquesi Moreira. Segundo o responsável pela investigação e titular da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Reginaldo Salomão, no corpo da vítima não haviam lesões aparentes de agressão e nada na casa foi levado pelo autor do crime.

Ao contrário das informações dadas no começo da manhã, quando a idosa foi encontrada morta, quem cometeu o crime não roubou nada da casa de Catarina. No local, apenas os quadros foram revirados após a invasão à residência.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, perícia inicial mostrou que o autor do crime entrou na casa pelo muro após invadir a residência que fica ao lado do local, com um pedaço de madeira colocado para dar apoio.

“Pela forma como a madeira estava posicionada, acredita-se que ele tenha entrado por ali, arrombou a porta, entrou no ateliê e em seguida foi para casa e nesse momento quando tentava acessar uma sala, encontrou com a vítima”, declarou Salomão.

Catarina foi encontrada pelo marido de 74 anos, ainda agonizando na sala. Debilitado e com dificuldade de locomoção, o homem tentou contato com um dos filhos, mas não conseguiu, então decidiu ligar para o genro que foi até a casa.

Ateliê de Catarina por onde assassino teve acesso à casa. (Foto: Kisiê Ainoã)

No local, polícia e socorro foram acionados, mas Catarina não resistiu e morreu ali mesmo na sala e segundo Salomão, não havia lesões aparentes no corpo o que mostra que ela pode ter sido agredida apensa com socos e por isso morreu.

“Foi uma morte desproposital. Acredito que tenha sido um soco, porque se fosse uma barra de ferro ou paulada haveria uma lesão externa aparente, mas ainda são especulações. Essas respostas só quem vai ter é o perito”, afirmou o delegado.

Reginaldo acredita que o autor do crime estava a procura de um cofre, que nem existe na residência, que apesar de bem localizada e de boa arquitetura, era bem simples e os donos não tinham muitas posses.

Pedaço de madeira usado por assassino para pular muro. (Foto: Kisiê Ainoã)

“Não foi levado nada, apenas reviraram os quadros. A princípio pode ser que ele estivesse procurando um cofre, mas não existe nenhum na casa. Apesar de bem localizada e boa arquitetura, o casal não tinha joias e nem eletrodomésticos que chamassem atenção”, disse Salomão.

O caso segue em investigação pela Derf, e laudo da perícia vai apontar a causa da morte de Catarina. Sobre a presença de andarilhos na região, Salomão, afirmou que realmente existe um problema no Bairro, mas que a violência acaba sendo entre eles por causa de bebida ou droga, e que é mais um problema de saúde pública do que de segurança.

Nos siga no