Morte de paciente por covid no Hospital Regional vira caso de polícia

A morte de um paciente com covid-19 no Hospital Regional de Campo Grande virou caso de polícia, neste sábado (30). A família alega que só ficou sabendo que a vítima estava com a doença, depois que ela morreu e por isso registrou um boletim de ocorrência contra a instituição. 

O paciente de 62 anos deu entrada na unidade de saúde, há cerca de 30 dias, por conta de uma trombose. No entanto, o problema evoluiu para uma pneumonia e arritmia cardíaca. À polícia, a esposa do idoso contou que durante estes 30 dias, foi autorizada visitar o paciente poucas vezes e acompanhava a evolução do quadro clínico do marido pelo boletim médico diário. 

Ontem (29), ela procurou o setor de assistência social do hospital e em seguida conversou com a médica que estava cuidando do paciente. A profissional informou que havia descartado a trombose, mas que o idoso precisava continuar internado por conta da arritmia e de um bactéria no sangue, contudo, não teria mencionado que o paciente estava com covid-19. 

A profissional até liberou a visita da esposa ao paciente por 30 minutos, que ela fez usando roupas especiais. De acordo com a mulher, o seu marido estava em uma ala normal, juntamente com outros pacientes. Contudo, neste sábado, funcionários do Hospital Regional telefonaram para a filha do casal, informando que o idoso havia morrido.

A família ressalta que só descobriu a causa da morte por covid-19 no momento em que a funerária foi buscar o corpo no hospital, conforme consta no boletim de ocorrência. Segundo a mulher, desde o começo do atendimento até o falecimento do marido, nenhum médico ou funcionário, citou que o paciente estava covid-19, o que causou estranheza entre os familiares. 

A família exige que seja feita perícia no corpo e se comprometeu a apresentar à polícia o laudo do óbito e os boletins médicos, referentes ao período que o paciente esteve internado para embasar a denúncia. 

O Hospital - O Hospital Regional informou, via assessoria de imprensa, que todas as medidas pertinentes a denúncia serão tomadas e que vai responder à autoridade judicial. "Caso a família tenha prestado queixa na Ouvidoria, também responderemos", informou.