Capital

Moradores usam terra de enxurrada para protestar contra a Prefeitura

Eles afirmam que já procuraram o poder público, mas situação não é resolvida

Mayara Bueno e Luana Rodrigues | 06/03/2016 11:28
Moradores fizeram um bloqueio no local, em protesto. (Foto: Fernando Antunes)
Moradores fizeram um bloqueio no local, em protesto. (Foto: Fernando Antunes)

Cansados de esperar pelo poder público, moradores do Residencial Oiti, em Campo Grande, protestam utilizando a terra da exurrada para bloquear uma rua com erosão. O gesto é uma maneira de mostrar a situação da via, que acumula areia vinda de outras ruas da região.

De acordo com a auxiliar de serviços gerais, Lillian Glauce, 39 anos, a Rua Hellaine de Moura Castro fica intransitável toda vez que chove, formando na via uma erosão. A Prefeitura de Campo Grande já foi procurada, segundo ela, mas não resolveu.

O problema existe porque da Rua Três Poderes, no Bairro Panorama, local mais alto em relação ao Oiti, desce água, que soma com a areia e entulho das duas ruas antes de chegar na Hellaine de Moura, ambas sem asfalto.

Para chamar a atenção do poder público, os moradores fazem barreiras, com a própria terra, para impedir a passagem. "Para eles verem a quantidade de terra que acumula".

A cabelereira Aparecida Pereira, 43 anos, diz que a população sofre muito com a situação, pois não há como passar pela via. Afirma também que os moradores já fizeram mutirão e protesto, mas "continua a mesma coisa, ninguém faz nada para resolver".

Além da falta de acesso por ali, os moradores reclamam a cobrança do IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano) de quase R$ 400, em relação à falta de solução do problema. "A patrola passa para limpar a rua depois da chuva, mas nunca para resolver o problema", emenda Josivan Rocha Sousa, 36 anos.

Os moradores disseram que chegaram a pagar 13 parcelas de R$ 39 para implantação de asfalto, que foi feito, mas não em todo o bairro. "Se asfaltassem as duas ruas o problema acabaria", completa.

Segurança - A segurança também não é tão boa por lá, reclamam. Residências já foram assaltadas, uma delas, por pelo menos três vezes. Segundo a contadora Meire Bastos, 30 anos, vítima dos furtos, diz que quando casos assim acontecem a polícia demora muito para atender. Quando chega no local, a única orientação é o registro de um Boletim de Ocorrência.

Erosão foi formada na Rua Hellaine de Moura. (Foto: Fernando Antunes)
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