Direto das Ruas

Moradores elogiam qualidade, mas demora em obra do Exército gera queixas

A intervenção começou em fevereiro deste ano e usa recursos públicos fruto de convênio com a prefeitura

Mayara Bueno e Guilherme Henri | 24/11/2017 11:19
Máquinas do Exército na rua Brilhante. (Foto: Guilherme Henri).
Máquinas do Exército na rua Brilhante. (Foto: Guilherme Henri).

Iniciada em fevereiro deste ano, a obra de pavimentação em vias do Exército é vista com bons olhos pelos moradores quanto à qualidade dela, mas também com questionamento sobre o ritmo da intervenção. O Campo Grande News esteve na rua Brilhante - ponto que atual da obra - nesta sexta-feira (24). Os militares trabalham atualmente nesta via com a rua Aduie Rezek.

Ao todo, a prefeitura firmou convênio com o Exército repassando R$ 24 milhões para execução de recapeamento, drenagem e adequação das ruas Guia Lopes, Brilhante, Bandeirantes, Marechal Deodoro, que fazem parte do corredor sudoeste do transporte coletivo.

Morador da região, o aposentado Valdomiro Maciel, 62 anos, afirma que percebe que obra está sendo executada "de forma calculada, bem feita", mas está demorada. "Está bom, mas está demorado", avaliou.

A proprietária de uma loja de ração, Valdete Ferreira de Sousa, 60 anos, também queria que o ritmo da obra fosse um pouco mais acelerado, com trabalho nos fins de semana e feriado, por exemplo. "É um trabalho bem feito. Pela qualidade é para longo prazo".

Rogério de Andrade, 35 anos, é proprietário de uma loja na Brilhante. Da mesma forma, afirma que está "muito bom" tudo que foi feito até agora. Mas a demora acaba prejudicando o movimento dos estabelecimentos da região.

Obra na rua Brilhante com Adui Rezek. (Foto: Guilherme Henri).

Nesta manhã, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirmou que a intervenção leva tempo, já que não inclui apenas o recapeamento, mas drenagem e adequações nas vias. "Estamos conversando com eles (Exército). Mas a obra deles não é apenas recapeamento. Tem outras coisas que levam tempo".

Obra - São 12 km: 5 km na Marechal Deodoro; Bandeirantes 4 km; Gua Lopes 600 metros e 3 km na Brilhante.

Na ocasião da assinatura do convênio, no início deste ano, o Exército anunciou que a intervenção contaria com equipamentos e a maioria dos militares de Cuiabá (MT). Também há homens do Piauí e Aquidauana.

Do total do convênio, R$ 17 milhões serão executados diretamente, ou seja, pelo próprio Exército. O restante será terceirizado, com obras como boca de lobo.

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