Capital

Moradores do União contabilizam prejuízos dia após temporal devastador

Priscilla Peres | 16/08/2017 13:22
Árvore caiu em cima de portão e varanda, que corre risco de desabar. (Foto: João Paulo Gonçalves)
Árvore caiu em cima de portão e varanda, que corre risco de desabar. (Foto: João Paulo Gonçalves)

A rua Otacílio de Souza, no bairro União, na região Oeste de Campo Grande é nesta quarta-feira (16) a imagem da destruição. Uma sequência de casas foi danificada pelo temporal de ontem e os prejuízos ainda estão sendo levantados por quem ainda tenta organizar a rotina.

Hoje o Corpo de Bombeiros foi ao local para retirar uma árvore de grande porte que caiu em cima do portão e da casa. O telhado da varanda corre o risco de desabar, por isso o serviço de retirada da árvore é lento e minucioso.

Eduardo Melo, 53, mora no local desde 1992 e afirma que nunca tinha visto "nada do tipo" e que agora torce para que nenhuma outra parte da sua casa seja danificada, já que telhas também voaram com a ventania.

O caso mais grave na região é da moradora Suzi Carvalho, 56, que viu o telhado inteiro de sua varanda "voar" ontem. Um pedaço do concreto da estrutura caiu em cima da cabeça dela ontem. Ela foi socorrida para Upa Leblon e levou dez pontos na cabeça, está em casa e passa bem.

Mas conta que a mãe de 78 anos e a neta de cinco meses estavam na casa no momento do temporal e hoje, agradece por nada mais grave. "Importante que todo mundo saiu vivo, por que parecia um furacão, algo que nunca vi pessoalmente", conta enquanto avalia o prejuízo da casa.

Todos os cômodos da casa tem goteiras hoje e a mãe foi pra casa do irmão, em estado de choque, ainda muito assustada com a situação de ontem.

Bombeiros retirando árvores que caíram ontem.(Foto: João Paulo Gonçalves)

Bartolomeu Carrielo é corretor de imóveis e mora no bairro há 34 anos. Diz que nunca viu nada com esse impacto e violência. Na sua casa parte das telhas voaram, o portão do corredor foi danificado e a um pé de Jaboticaba foi arrancado. "Primeira vez que vi uma árvore voar".

O mecânico Gerlilson Macelone, 31, mora na mesma rua, mas na sua casa os danos foram menores. "Estava chegando do trabalho para almoçar em casa e fiquei com muito medo. Fiquei dentro do carro, rezando e desejando seja o que Deus quiser", diz ele.

"Olhando de fora durou menos de 10 minutos, mas de fora durou uma eternidade", conta ele que quase acertou, a chuva de ontem durou menos de meia hora em Campo Grande e apensar de não ter mais previsão de temporal, o tempo instável continua hoje.

Estrutura de concreto caiu em cima da cabeça de moradora, que levou de pontos. (Foto: João Paulo Gonçalves)
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