Capital

Moradores do Cel. Antonino reclamam de roubos em plena luz do dia

Helton Verão | 08/09/2013 09:10
Cansados dos roubos, vizinhos já instalaram segundo tipo de cerca elétrica e instalaram câmeras no telhado (Foto: Marcos Ermínio)
Cansados dos roubos, vizinhos já instalaram segundo tipo de cerca elétrica e instalaram câmeras no telhado (Foto: Marcos Ermínio)
Artista plástica teve a casa arrombada no feriado do aniversário da Capital e agora investirá alto em segurança. (Foto: Marcos Ermínio)

Cerca elétrica, alarme, grades, cadeados, cães de guarda, segurança particular e por aí vai. Essa é uma breve e cara lista, que moradores do bairro Coronel Antonino são obrigados a providenciar para combater os roubos e furtos na região. O que chama mais atenção é que os bandidos agem na maioria das vezes a luz do dia.

É rara uma residência que não tenha algum dos itens de segurança listados acima ou que nunca recebeu a indesejada visita dos bandidos. “Moro aqui há um ano e entraram no último feriado. O que assusta é o número de roubos e furtos que têm acontecido em toda vizinhança, difícil encontrar um vizinho que não tenha sido visitado pelos ladrões e na maioria das vezes a luz do dia”, reforça a artista plástica Ana Lúcia Guimarães, de 41 anos.

De acordo com a senhora que mora na rua Estevão Alves Correa, o antigo proprietário da casa onde mora, mudou dali por não aguentar mais ter a casa invadida por bandidos.

A moradora acha que a maioria dos roubos e furtos ocorre para o consumo de droga. “Aqui perto, a algumas quadras, existe uma boca de fumo, tudo que eles levam é para trocar por droga. No último domingo por volta das 8 horas ouvimos os gritos de pega ladrão, e os moradores correram até cercar e amarrar o rapaz para a polícia”, relembra a artista plástica.

Nelicio trabalha de vigilante noturno e afirma que os furtos acontecem a luz do dia (Foto: Marcos Ermínio)

Próximo passo na residência de Ana Lúcia é a instalação de novas grades e câmeras de segurança. “Pode olhar para a casa daquela vizinha, eles agora colocaram câmera no telhado depois de serem roubados três vezes só neste ano. Os ladrões se aproveitam de moradores que passam o dia inteiro fora para roubar”, argumenta.

Outro vizinho que mora há 18 anos na mesma rua de Ana Lúcia, também confirma a situação das invasões dos ladrões durante o dia. “A situação nunca esteve tão critica quanto hoje, difícil ver uma casa sem cerca elétrica ou alarme aqui e as que não tiverem estão visadas”, lamenta o vigilante Nelicio da Silva, de 36 anos.

A vizinhança lembra de um roubo recente, quando os bandidos arrombaram a o portão da vizinha de Ana Lúcia e entraram com um carro para colocar tudo o que queriam dentro.

Sobre a segurança oferecida pela Polícia Militar na região, os moradores reclamam que dias atrás um policial que passava com uma viatura no bairro foi questionado sobre a possibilidade de mais rondas, o homem foi pessimista e deu uma sugestão. “Falou que para a região do bairro (Norte) apenas uma viatura é destinada para rondas. Ainda indicou que os moradores façam um abaixo-assinado para tentar conseguir mais rondas para o local”, conta Ana Lúcia.

Resposta – A major da Polícia Militar, Sandra Alt, desconhece a situação de vários roubos no bairro Coronel Antonino e desmente a versão contada sobre apenas uma viatura disponível. “Desconheço esse problema na região, tanto que no levantamento bimestral não consta essa região como as com mais ocorrência”, respondeu Sandra.

Sobre a cobertura da Polícia na região, a Major lembra que na região Norte existem duas bases, uma no Coophasul e outra no Nova Lima, cada uma com suas viaturas. “Além disso, existe o policiamento comunitário e da Força Tática”, concluí a Major.

Questionada sobre o número de militares, viaturas e motos destinadas para a região norte, a Major Sandra respondeu que esse tipo de balanço não é divulgado por questão de segurança.

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