Moradores aguardam há 2 meses pela limpeza de lixo na Vila Alba
Há dois meses, uma montanha de lixo faz parte da paisagem da rua Conde de Porto Alegre, no bairro Vila Alba, em Campo Grande. Moradores não sabem mais a quem recorrer. Inúmeros pedidos, solicitando a limpeza, foram feitos à Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), órgão responsável pela coleta.
Restos de vegetação, colchões, galhos de árvore e entulhos de construção estão na calçada.
De acordo com moradores, a montanha de lixo começou no início de fevereiro, no mutirão de limpeza dos bairros. Segundo eles, por orientação de funcionários da Prefeitura, todos colocaram o lixo no local, já que a promessa era que fosse retirado no dia seguinte.
“O pessoal que passa com o caminhão de limpeza, disse que era para gente colocar o lixo aqui na frente e que eles passariam para recolher, mas como a montanha estava enorme, eles disseram que deixariam a nossa rua por último”, contou o carregador Joílson de Oliveira, 33 anos.
Porém, o retorno do caminhão nunca aconteceu. Para piorar a situação, alguns continuam a jogar lixo. “Isso é um absurdo. Eles pularam esse bairro e foram para outro lugar. O caminhão nem está mais aqui”, completou Joílson.
A professora Alexsandra Queiroz Costa, 37 anos, se revolta e conta que todos os vizinhos, inclusive ela, já telefonaram para a Seintrha solicitando a limpeza, mas até hoje nada aconteceu. "Além de ser esconderijo para bichos, o lixo está aí desde a época da chuva. Ou seja, corremos grandes riscos de pegar dengue"
Na última vez que pediu a limpeza, Alexsandra conta que a funcionária da Seintrha se negou a passar o protocolo da ligação, o que é obrigatório. “Disseram que não precisava e que o caminhão estava na área. Isso foi no mês passado”.
“A montanha está aumentando. Alguns dias atrás colocaram fogo no lixo. Eu e meus filhos tivemos que apagar com mangueira e balde. Um bombeiro, que mora na outra casa, também veio ajudar”.
A professora conta ainda que um fiscal, há alguns dias, alertou uma senhora da rua, sobre a irregularidade do lixo. “Como o lixo está na frente da casa dela, o fiscal chamou ela e disse que ela não podia deixar o lixo ali. Como está na calçada, teoricamente ela é responsável. Eu sabia que isso iria acontecer. Agora, pra isso colocam funcionário pra trabalhar”, se revoltou.