Capital

Modelo denuncia fotógrafo por filmar troca de roupas com câmera escondida

Suspeito foi levado para a delegacia e boletim de ocorrência foi registrado

Clayton Neves | 07/12/2021 17:09
Kellyne Siqueira tem 29 anos e há 10, trabalha como modelo. (Foto: Redes Sociais)
Kellyne Siqueira tem 29 anos e há 10, trabalha como modelo. (Foto: Redes Sociais)

Em uma década trabalhando como modelo, Kellyne Siqueira, de 29 anos, diz ter vivido o pior momento da carreira na tarde de ontem (7), enquanto fazia ensaio fotográfico em um estúdio de Campo Grande. Durante o que seria apenas mais um trabalho, a profissional descobriu que estava sendo filmada por uma câmera escondida na área reservada a trocas de roupas.

“Fiquei desesperada e mil e uma coisas começaram a se passar pela minha cabeça. Me perguntei o motivo daquilo estar justamente no lugar onde eu tirava a roupa”, explica. 

Nas redes sociais, modelo fez alerta e recebeu apoio após desabafo. (Foto: Direto das Ruas)

Kellyne conta que chegou ao estúdio, na Rua Rui Barbosa, por volta das 15h. Antes de os cliques do novo portfólio começarem, o fotógrafo, identificado como Marcial Cabaleiro Júnior, de 47 anos, a conduziu até a área reservada ao camarim. 

Durante a quinta troca de roupa, ela afirma ter reparado que uma luz verde saia de um notebook posicionado em cima de uma cadeira. “Desconfiei e fui ver. Quando mexi, encontrei o ícone de uma câmera que já estava gravando tudo há mais de uma hora”, relata. 

Sem saber o que fazer, a vítima, que também é digital influencer, entrou em contato pedindo ajuda para a agente que administra sua agenda. “Liguei disfarçadamente e contei sobre o que tinha acontecido. Ela chamou a polícia e me aconselhou a manter a calma e aguardar”, revela. 

Viatura da Polícia Militar foi até o local e conduziu Marcial até a Deam (Delegacia Especializada de Proteção à Mulher). Lá, foi registrado boletim de ocorrência por registro não autorizado da intimidade sexual. 

“Para a polícia, ele disse que estava filmando por uma questão de segurança, mas se realmente fosse isso, o mínimo que ele teria que fazer era orientar para que a gente não trocasse de roupa ali. Pelo contrário, ele disse que eu poderia ficar à vontade”, desabafa. 

Após o flagrante, a modelo afirma ter receio de que outras pessoas tenham sido vítimas do fotógrafo e preocupação sobre a finalidade de imagens captadas. “Penso nas crianças, porque 90% da agência são crianças”, finaliza. 

O Campo Grande News entrou em contato com Marcial Júnior, que se limitou a dizer que o episódio foi um mal-entendido e que seus advogados já estão se manifestando sobre o caso, que agora, será investigado pela Polícia Civil.

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