Capital

Ministro diz que repasse ao Hospital do Trauma depende de projeto

"Dinheiro não é problema", afirmou Mandetta, em Campo Grande, durante entrega de tomógrafo

Mayara Bueno | 23/02/2019 12:32
À direita, ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, discursa durante evento. Presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, à esquerda na imagem. (Foto: Mayara Bueno).
À direita, ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, discursa durante evento. Presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, à esquerda na imagem. (Foto: Mayara Bueno).

Segue o impasse sobre o financiamento federal que fará a Unidade o Trauma, prédio anexo à Santa Casa de Campo Grande, operar em toda sua capacidade. Apesar de pronto, o local com foco no atendimento ortopédico ainda funciona “em partes”. Neste sábado (23), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participou da entrega de um tomógrafo à unidade e ressaltou que aguarda o plano operativo para oficialização da verba.

“Recurso não é o problema”. Segundo Mandetta, o Ministério da Saúde aguarda a entrega de um “plano operativo” que informe a necessidade da instituição e o planejamento sobre os pacientes que serão transferidos da Santa Casa para o Hospital do Trauma.

“Se são 120 novos leitos nesta ala que está aqui [Trauma], serão transferidos pacientes que estão na Santa Casa. Então o que será feito com os 120 leitos, vão se somar aos do Trauma e ser 240 de trauma. É isso? Ou usarão a área que sobrar para cirurgias eletivas, que estão pressionando o sistema?”, questiona.

Técnicos da Prefeitura de Campo Grande, do Estado e do Governo Federal estão elaborando tal plano, ainda sem prazo definido de entrega ao Ministério da Saúde. “Estou aguardando os técnicos para que a gente possa consolidar e falar se é possível. Se não a gente comemora a abertura de leitos, mas simplesmente seria uma transferência. O Ministério da Saúde não vai alocar recurso com viés politico, mas técnico”.

Equipamento que funcionará em 15 dias. (Foto: Mayara Bueno).

Três ministros – O presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, lembrou que, desde a abertura das portas, em maio passado, três ministros já passaram pelo Ministério da Saúde e combinados diferentes foram feitos desde então. “Fizemos um plano operativo junto com os técnicos do município e chegamos a valor de R$ 10 milhões, prevendo aquilo que temos de cobrir na medida que os pacientes serão deslocados. Pensamos a Santa Casa no conjunto, não só no Trauma”.

Outro projeto, focando exclusivamente no Hospital do Trauma, teve de ser feito. E, agora na “nova visão administrativa”, o plano está sendo revisto. Segundo o presidente, o Governo do Estado se comprometeu a repassar R$ 2 milhões, enquanto o município disse não ter condição de aportar mais recursos.

“O que estamos pedindo ao Ministério é R$ 6 milhões. Não tem previsão, dependemos do contratante e não temos preocupação com o valor que vier, se aqui vier R$ 2 milhões, nós vamos analisar o que é possível fazer em serviços com o montante”.

O presidente afirmou que dois técnicos do Ministério da Saúde visitaram o prédio para ver a capacidade, mas não houve, desde então, novidade sobre a elaboração do novo plano. Hoje, o Hospital do Trauma tem 51 leitos ocupados, usa o centro cirúrgico e o CTI (Centro de Terapia Intensiva) com pacientes da unidade coronariana. No total são 100 leitos de enfermaria, 26 de apoio (pré e pós-cirurgia), 10 leitos de CTI, duas salas de observação, cinco salas de cirurgia e mais duas salas de pequenos procedimentos.

Tomógrafo - Nesta manhã, solenidade oficializou a entrega de um tomógrafo de R$ 1,3 milhão para o Trauma. De acordo com o presidente, o equipamento, junto com outros aparelhos de Raio-X, começará a funcionar em 15 dias.

O dinheiro é oriundo de emenda parlamentar da senadora Simone Tebet (MDB) e dos ex-senadores Pedro Chaves (PRB) e Waldemir Moka (MDB), R$ 700 mil. O restante é da própria Santa Casa.

O tomógrafo tem capacidade de captar imagens em alta resolução e acelerar, assim, o diagnóstico do paciente. Um dos principais meios para investigar tumores ou nódulos.

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