Capital

Mesmo com obra barrada, investidores continuam a “erguer” prédio na Planalto

Prefeitura de Campo Grande encontrou diversas irregularidades e proibiu construção

Por Izabela Cavalcanti | 01/04/2024 15:59
Entrada de prédio em obras na Vila Planalto, mesmo com proibição da Prefeitura de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Entrada de prédio em obras na Vila Planalto, mesmo com proibição da Prefeitura de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

Obra de um prédio na Avenida América, Vila Planalto, está embargada pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Mesmo assim, os responsáveis têm seguido com o projeto, que não tem alvará.

O Campo Grande News apurou que a obra apresentou série de irregularidades e que estava abandonada, pelo menos desde 2011, sendo retomada no primeiro trimestre de 2023. 

A Prefeitura de Campo Grande informou que autuou os responsáveis por falta de alvará, depois determinou a paralisação do canteiro de obras e aplicou nova multa, por desobediência ao embargo. Um dos problemas é a falta de rede de proteção.

Ainda conforme a administração municipal, mesmo diante das autuações, a construtora responsável seguiu trabalhando e, desta forma, em março deste ano, os procedimentos administrativos foram encaminhados para a Procuradoria-Geral do Município para que o caso passasse a ser tratado na esfera judicial.

Foto do Google Maps mostra que em 2011 a obra já estava paralisada (Foto: Reprodução/Google Maps)

A situação também já foi denunciada ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul, informando que o prédio tem um longo histórico de irregularidades e que dobraram o número de andares que existia no projeto original, o que aumentou o peso sem redimensionamento de pilares e vigas, ocasionando abalo estrutural e desequilíbrio.

Na denúncia anônima, consta ainda que o empreendimento foi leiloado devido a diversas dívidas, sendo arrematado pelos mesmos investidores. 

Há dias a reportagem tenta contato com Rony Viana, uma das pessoas identificadas como responsável pela obra, mas não consegue respostas. O Campo Grande News também tentou contato com a arquiteta que responde pelo projeto, ela ficou de marcar horário para entrevista ou verificar "uma melhor forma de responder", mas até a publicação deste texto não deu retorno.  O espaço segue aberto para esclarecimentos. 

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