Capital

Mesmo com estiagem, prefeitura não dá conta de tampar tanto buraco

Ricardo Campos Jr. | 25/01/2016 19:17
Buraco na Avenida Manoel da Costa Lima atrapalha o trânsito (Foto: Marcos Ermínio)
Buraco na Avenida Manoel da Costa Lima atrapalha o trânsito (Foto: Marcos Ermínio)
Crateras são um perigo, principalmente para motociclistas (Foto: Marcos Ermínio)

A chuva deu uma trégua de sete dias, mas a Prefeitura não deu conta de aproveitar a estiagem para tampar os inúmeros buracos em Campo Grande. As equipes correram contra o tempo e chegaram a consertar algumas vias de grande fluxo e linhas de ônibus, mas se as previsões se confirmarem, os temporais diários devem recomeçar na cidade a partir de quarta-feira, inviabilizando o prosseguimento dos trabalhos.

Na Avenida Eduardo Elias Zahran, por exemplo, uma fenda na alça de acesso para a Avenida Três Barras continua aberta, assim como outra em frente a um posto de combustíveis na esquina com a Rodolfo José Pinho. Por ser estreita, qualquer obstáculo na pista torna-se difícil de desviar.

Outra via que apresenta problemas é a Cacildo Arantes, na Chácara Cachoeira, perto do IESF (Instituto de Ensino Superior da Funlec). No local há tantos buracos, que é praticamente impossível transitar sem cair em algum deles.

“Eu acredito que seja má administração. Nós pagamos todos os impostos e não vemos nada aplicado. Está uma calamidade pública, o que é feio para uma capital”, opina o motorista Willian Silva, 25 anos. Ele conta que semana passada teve que gastar para arrumar a moto, que teve problemas nas rodas por conta de uma cratera.

Sobre a interrupção da tapa-buraco por conta da chuva, ele acredita que a situação só chegou a esse ponto porque o poder público permitiu. “É só mais um motivo para eles culparem a chuva. Asfalto que é asfalto não sai com uma simples chuva”, afirma.

Willian acredita que buracos são reflexo da má-gestão (Foto: Marcos Ermínio)

Para o vigia João Cardoso, 78 anos, as ruas da cidade estão intransitáveis. Ele ressalta a vontade do poder público em tampar os buracos, mas com a chuva “só Deus sabe quando será resolvido”, pontua.

Já o mecânico Carlos Roberto da Costa, 53 anos, defende o município. “O que ele [prefeito] vai fazer? A chuva não deixa. O que entrou primeiro deixou chegar a esse ponto. O atual tem culpa, mas nem tanto”, opina.

Para o fotógrafo Pedro Quaresma, 53 anos, com ou sem chuva, o fato de a cidade estar tomada por buracos é um desleixo. “É horrível. Deixaram a gente a mercê da sorte. Isso é uma vergonha”, afirma.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para saber quantas ruas foram consertadas durante a semana de estiagem, quantas que possivelmente ficarão para trás e se existe um plano de ação para recuperá-las. Segundo o órgão, a demanda foi encaminhada à Seintrha (Secretaria Municipal de Transporte e Habitação) e até a publicação desta reportagem não houve retorno.

Rua Cacildo Arantes ficou para trás na operação tapa-buraco (Foto: Marcos Ermínio)
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