Capital

Merenda contaminada por bactérica causou intoxicação em estudantes

Marta Ferreira e Aline dos Santos | 03/10/2011 11:39

Laboratório encontrou estafilococos na comida e diz que contaminação ocorreu após a preparação.

O prefeito Nelson Trad Filho almoçou hoje em escola e diz que ainda é preciso definir melhor o que provocou contaminação da comida. (Foto: João Garrigó)
O prefeito Nelson Trad Filho almoçou hoje em escola e diz que ainda é preciso definir melhor o que provocou contaminação da comida. (Foto: João Garrigó)

A comida servida no almoço dos estudantes da escola Iracema Maria Vicente, na quarta-feira passada, estava contaminada com a bactéria estafilococos, segundo resultado de análise do Lacen (Laboratório Central), divulgada hoje, como parte da investigação para saber o que provocou intoxicação alimentar em 180 alunos do estabelecimento. Eles voltaram às aulas hoje e estão almoçando com o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB)

O Lacen divulgou nota sobre o resultado dos exames feito no alimento já preparado e afirmou que a bactéria encontrada confirma a hipótese de que a contaminação do alimento tenha ocorrido no intervalo entre a pós-preparação e o momento em que os estudantes foram servidos.

Ainda de acordo com o laboratório, “entre as possíveis causas apontadas pela contaminação estão a distribuição dos alimentos em temperatura inadequada, conservação e manuseio pós-preparação”.

De acordo com Lacen, se o alimento tivesse sido preparado e armazenado em temperatur ideal e com o manuseio correto, não teria havido problemas. A toxina produzida pelo estafilococos resultante de sua reprodução provoca vômitos e diarréia entre uma a seis horas. Quanto maior a sua concentração, menor o de período de incubação.

Conforme o órgão, a cada 10 minutos tem-se uma nova geração de bactérias.

O prefeito Nelson Trad Filho, que almoça na escola nesta manhã, disse que a Secretaria de Saúde ainda não havia sido comunicada do resultado e comentou que é preciso ainda novas análises para definir a causa da intoxicação.

Segundo ele, é preciso saber, por exemplo, saber que tipo de estafilococos foi encontrado, pois há vários, e eles têm origem diferenciada.

Nelsinho disse que, como médico, já tinha a suspeita do tipo de bactéria, em razão das caracterícias da indisposição, mas que é preciso esmiuçar as análises para saber a causa.

O Lacen informou que ainda analisa as amostras dos alimentos crus. Na semana passada, o órgão havia excluído a água como responsável pela intoxicação das crianças.

Os laudos completos devem demorar até 30 dias, conforme a prefeitura.

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