Capital

Memorial da Cultura Indígena recebe nome de Enir Terena, 1ª cacique mulher de MS

Enir foi a fundadora da aldeia urbana Marçal de Souza e morreu no dia 21 de junho de 2016

Danielle Valentim | 18/05/2018 09:35
Enir Índia durante sessão na Assembleia Legislativa, em abril de 2016. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Enir Índia durante sessão na Assembleia Legislativa, em abril de 2016. (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) aprovou a Lei 6006/18 e o Memorial da Cultura Indígena de Campo Grande recebe o nome de Enir da Silva Bezerra, eleita a primeira cacique mulher de Mato Grosso do Sul. A exposição permanente fica dentro da Aldeia Urbana Marçal de Souza, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.

A cacique Enir Bezerra da Silva, a Enir Terena, morreu em 2016, aos 61 anos. Mesmo com problemas no pulmão e usando marca-passo há cinco anos, a cacique permanecia a frente da aldeia. Enir foi eleita 1ª cacique mulher do Estado em 2008, com 134 votos. Em 2015, a cacique foi homenageada pelos Correios com um selo de correspondência com sua fotografia. 

Com sobrenome da etnia que sempre representou, Enir Terena nasceu no dia 8 e março de 1955, na Aldeia Limão Verde, no município de Aquidauana. Veio para Campo Grande e aqui se transformou em uma das maiores lideranças indígenas do Estado. Quando foi eleita declarou que sempre "quebrou protocolos" desde que começou a lutar pela aldeia.

Durante muito tempo, trabalhou na "feira das índias", como é conhecido o espaço que comercializa produtos vindos das aldeias, em frente ao Mercadão Municipal.

Mãe de 7, sempre lutou pela educação de qualidade na 1ª aldeia urbana do Brasil, que ajudou a construir no bairro Tiradentes, retirando famílias indígenas que viviam em favelas espalhadas pela cidade.

É dela o mérito de construção da escola no local e também da instalação de um dos pontos turísticos em referência à cultura dos povos que criaram Mato Grosso do Sul, a Oca onde está instalado o Memorial da Cultura Indígena, na mesma região da aldeia urbana.

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