Capital

Médicos devem normalizar atendimento na rede municipal em até 48 horas

Flávia Lima | 02/06/2015 12:51
Na UPA do bairro Universitária ainda havia cartaz anunciando greve dos médicos na entrada. (Foto:Marcos Ermínio)
Na UPA do bairro Universitária ainda havia cartaz anunciando greve dos médicos na entrada. (Foto:Marcos Ermínio)

A normalização do atendimento dos médicos da rede municipal de Campo Grande deve ocorrer em até 48 horas, segundo informação do superintendente de Saúde da Capital, Virgílio Gonçalves. A categoria também não terá os dias descontados, porém, segundo o superintendente vai realizar uma espécie de força-tarefa para reagendar as consultas perdidas durante os 17 dias de paralisação. 

Virgílio Gonçalves explica que após o acordo que pôs fim à greve ter sido protocolado no final da tarde desta segunda-feira (1), a categoria começou a ser avisada da decisão de forma gradual, por isso ele calcula que a totalidade dos 1,4 mil médicos da rede deverá retornar ao trabalho no máximo, até a manhã desta quarta-feira (3).

Hoje pela manhã, pacientes ainda tinham dificuldade de serem atendidos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitária devido a falta de médicos. 

O acordo foi formalizado no sábado e anexado à ação sobre a greve que tramita no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). O documento protocolado prevê uma data para a concessão de reajuste salarial, principal ponto das reivindicações, que ficou para o mês de agosto, além do retorno das gratificações e o não prejuízo financeiro à categoria, que também não precisará repor os dias parados. O superintende confirmou que o acordo será publicado no Diário Oficial do município e da Justiça.

Consultas - Ainda conforme Virgílio Gonçalves, as consultas perdidas devido a greve serão reagendadas de acordo com o grau de urgência e data que estava marcada. “Em algumas situações, como no caso das especialidades, é possível reagendar 20% acima da capacidade sem prejuízo para o médico e pacientes”, ressalta.

Nesse sentido, Virgílio diz que tanto o Sindicato dos Médicos quanto a gerência das unidades de saúde se comprometeram a unir esforços para atender os agendamentos perdidos da forma mais rápida possível.

A greve dos médicos começou em 6 de maio após corte de gratificações e plantões. Houve acordo para o retorno dos pagamentos e a greve foi interrompida no dia 11.

Contudo, a paralisação foi retomada em 15 de maio. O sindicato informa que são 1.400 profissionais; conforme a prefeitura, são 1.200 médicos. A estimativa é de a paralisação tenha prejudicado 39,4 mil pessoas.

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